semeando ódio".
Nada mais oportuno, neste momento que vivenciamos, no Brasil - de contradição de ideias e posições políticas na família, no trabalho, entre amigos e nas redes sociais - do que os trechos traduzidos de uma série de entrevistas realizadas com o Papa Francisco, sobre questões que podem nos ajudar a refletir, a tomar posição, e a considerar nas nossas relações com os que pensam diferente. Mesmo tendo presente que nossas posições sejam claramente opostas.
Neste segundo turno das eleições, não se trata de escolher um ou outro partido político, mas de escolher entre a possibilidade de reconquistar a prática cidadã e democrática, no nosso país, ou um regime de exceção, que se propõe governar com um só olho de pirata, porque o outro está fechado às diferenças, à diversidade, às liberdades individuais e até religiosas, e ao respeito pelos cidadãos, qualquer que seja, como é de praxe num sistema democrático de direito.
Neste segundo turno das eleições, não se trata de escolher um ou outro partido político, mas de escolher entre a possibilidade de reconquistar a prática cidadã e democrática, no nosso país, ou um regime de exceção, que se propõe governar com um só olho de pirata, porque o outro está fechado às diferenças, à diversidade, às liberdades individuais e até religiosas, e ao respeito pelos cidadãos, qualquer que seja, como é de praxe num sistema democrático de direito.
Segue o texto:
O Papa Francisco conversou com
jovens e adultos na apresentação do livro intitulado: “A sabedoria do
tempo”. Na ocasião ele lembrou o surgimento do nazismo. E pediu
que a lição do passado não fosse esquecida.
O livro, editado pelo padre Antonio Spadaro (jesuita, amigo de Papa Francisco), traz 250
entrevistas com idosos de mais de 30 países, graças à ajuda de organizações
sem fins lucrativos, como Unbound e Serviço Jesuíta aos Refugiados. Foi apresentado recentemente, na tarde de 23 de outubro/2018 no Instituto Patrístico Augustinianum.
A última pergunta
dessa conversa intergeracional, foi feita a Francisco por um ancião
especial, o cineasta americano Martin Scorsese.
A reportagem é de Andrea Tornielli, publicada por Vatican Insider
Tradução de: André Langer.
Por razões de espaço, publicamos apenas quatro entrevistas, retiradas da reportagem que apresenta cinco.
1. Federica Ancona (Itália, 26 anos)
Papa Francisco, hoje, nós jovens, estamos sempre expostos a modelos de
vida que expressam uma visão do “usa e joga fora”, que você chama de “cultura
do descarte”. Parece-me que a sociedade hoje nos leva a viver uma forma de
individualismo que depois acaba na competição. Eles não me dizem para dar o
melhor de mim, mas sempre para ser melhor do que os outros. Mas tenho a impressão de
que quem cai neste mecanismo acaba por se sentir um fracassado.
- Como podemos
nós, jovens, entender o que realmente é importante?
- Como podemos
nós, jovens, criar relações verdadeiras e autênticas quando tudo ao nosso redor
parece falso, de plástico?
Francisco: Falso e de
plástico é a cultura da maquiagem. O que conta são as aparências, o sucesso
pessoal, mesmo ao preço de pisotear a cabeça dos outros, avançando nessa
competição. Como ser feliz neste mercado da competição, das aparências? Você
não disse a palavra: neste mercado da hipocrisia. Eu digo isso, não no sentido moral, mas num sentido psicológico e humano. Por dentro da aparência está o vazio ou a ânsia de chegar.
A esse respeito, recordo-me de um gesto, um gesto para explicar o que
quero dizer: a mão estendida e aberta. A mão da competição está fechada e toma,
sempre toma, recolhe, frequentemente a preços muito altos, ao preço do desprezo
do outro. Esta é a competição. Abrir a mão é a anti-concorrência, é abrir-se no
caminho. A competição geralmente está firme, caucula, não se coloca em
jogo. Por outro lado, a maturação da personalidade está sempre a
caminho, coloca-se em jogo, suja as mãos, está com as mãos estendidas para
saudar e abraçar.
Isto me faz pensar naquilo que dizem os santos e também Jesus: há mais
amor em dar do que em receber. Contra essa cultura que aniquila os sentimentos
existe o serviço. E você verá que os jovens mais maduros são os que seguem em
frente no caminho do serviço, da atenção pelo outro.
A outra palavra é que eles se arriscam. Se você não se arriscar, nunca, nunca será maduro, nunca
dirá uma profecia. Terá apenas a ilusão de recolher para estar seguro, ter toda a
tranquilidade possível para estar bem. Lembro-me da parábola de Jesus sobre o
homem rico que construiu grandes silos para o seu trigo, e Jesus diz o
seguinte: insensato, nesta mesma noite você morrerá! A cultura da competição
nunca vê o fim. Vê o fim que se propôs em seu coração para chegar subindo,
pisando cabeças.
Pelo contrário, a cultura da convivência, da fraternidade, é uma cultura
de serviço (de cooperação) que se abre e suja as mãos. Esse gesto, da mão aberta, é
fundamental. Você quer se salvar dessa cultura que faz você se sentir um
fracassado, a cultura do descarte e da competição: abra a mão estendida,
sorria, siga em frente, nunca fique sentada, suja as mãos e você será feliz.
2. Tony e Grace Naudi (Malta, 71 e 65 anos)
Minha esposa e eu criamos uma família de quatro filhos, um filho e três
filhas, e temos cinco netos. Assim como muitas famílias, demos aos nossos
filhos uma educação cristã e fizemos todo o possível para ajudá-los a viver a
palavra de Deus em sua vida cotidiana. Contudo, apesar dos nossos esforços como
pais para transmitir a fé, os filhos, às vezes, são muito críticos, parecem
rejeitar sua educação cristã.
Para nós, a fé é importante. É doloroso para nós ver nossos filhos e
netos longe da fé ou muito ocupados com coisas superficiais.
Dê-nos uma palavra de alento e ajuda. O que podemos fazer como pais e avós para
compartilhar a fé com os nossos filhos e netos?
Aqui há uma palavra que devemos dizer: a sabedoria do choro, o dom de
chorar. Diante dessas crueldades, o pranto é humano e cristão, porque amolece o
coração e é uma fonte de inspiração — Papa Francisco
Francisco: A fé deve ser
transmitida no dialeto familiar, sempre. Pensem na mãe desses sete filhos que,
no livro dos Macabeus, diz três vezes que os animava no dialeto, na língua
materna. A fé é transmitida em casa, sempre. Foram precisamente os avós, nos
momentos mais difíceis da história, que transmitiram a fé.
Pensemos nas
ditaduras do século passado. Foram os avós que, secretamente, ensinavam a rezar
e que, secretamente, levavam os seus netos para batizar.
Por que não os pais? Porque os pais estavam envolvidos na
filosofia da "ditadura", e, se soubessem que batizavam seus filhos, perderiam o
emprego e se tornariam vítimas de perseguição.
A professora de um desses países contou que na segunda-feira depois da Páscoa tiveram que perguntar às crianças: ‘O que vocês comeram em casa ontem?’ Sobre aqueles que respondiam ‘ovos’, era preciso passar a informação, para que os pais fossem castigados.
A professora de um desses países contou que na segunda-feira depois da Páscoa tiveram que perguntar às crianças: ‘O que vocês comeram em casa ontem?’ Sobre aqueles que respondiam ‘ovos’, era preciso passar a informação, para que os pais fossem castigados.
Nesses momentos, os avós tiveram uma grande responsabilidade. A fé é
transmitida no dialeto, no dialeto do lar, da amizade, da proximidade. A fé não
é apenas o conteúdo do Catecismo, mas é o modo de se alegrar, de ficar triste, de
viver. Existe uma vida a ser transmitida. Não é possível se perguntar se
fracassamos. Nós tentamos transmitir a fé e depois o mundo faz propostas, e
muitos jovens se afastam da fé, às vezes tomando decisões inconscientemente.
Em primeiro lugar não se assustar, não perder a paz, sempre falando com o Senhor. Nunca tratar de convencer, porque a fé não cresce por proselitismo, mas pela atração, isto é, pelo testemunho, como disse Bento XVI.
Em primeiro lugar não se assustar, não perder a paz, sempre falando com o Senhor. Nunca tratar de convencer, porque a fé não cresce por proselitismo, mas pela atração, isto é, pelo testemunho, como disse Bento XVI.
Acompanhá-los em silêncio. Lembro-me de uma anedota de um líder sindical
que, aos 21 anos de idade, tinha caído na dependência do álcool e morava sozinho
com sua mãe. Ele ficava bêbado e na manhã seguinte, quando a mãe saía para
trabalhar como lavadeira, ele fingia estar dormindo. Observava como a mãe o
olhava com ternura. Isso o destruiu. Esse silêncio, essa ternura da mãe,
destruiu todas as resistências, e mais tarde ele criou uma boa família,
construiu uma boa carreira.
Você quer se salvar dessa cultura que faz você se sentir um fracassado,
a cultura do descarte e da competição? Abra a mão estendida, sorria, ponha-se a caminho,
nunca sentada, suja as mãos e será feliz.
O silêncio que acompanha é uma das virtudes dos avós. Muitas vezes
apenas o bom silêncio pode ajudar. Depois, se alguém perguntar quais são as
causas desse distanciamento dos jovens, há apenas uma palavra: os maus
testemunhos. Nem sempre na família, muitas vezes os vê na Igreja: sacerdotes
neuróticos, pessoas que se dizem cristãs e levam uma vida dupla,
incoerente... São sempre os maus testemunhos que afastam. Essas
pessoas que sofrem isso acusam: ‘Perdi a fé porque vi isso e aquilo’. E estão
certas.
Somente um contratestemunho com mansidão e paciência, o de Jesus que
sofria, pode tocar o coração. Recomendo aos pais e avós muita compreensão,
ternura, testemunho, paciência e oração: pensem em Santa Mônica [mãe de Santo Agostinho, ndr.], ela ganhou
com lágrimas. Nunca discutir, nunca. É uma armadilha: os filhos querem trazer
os pais para a discussão.
3. Fiorella Bacherini (Itália, 83 anos)
Papa Francisco, estou preocupada. Tenho três filhos. Um é um jesuíta
como você. Eles escolheram sua vida e seguem pelo caminho. Mas também olho ao
redor, vejo meu país, o mundo. Vejo que as divisões e a violência estão
crescendo. Por exemplo, fiquei surpreso com a dureza e a crueldade que
testemunhamos no tratamento dos refugiados. Não quero discutir sobre política,
estou falando de humanidade.
Como é fácil fazer crescer o ódio entre as
pessoas! E recordo-me de momentos e lembranças da guerra que vivi na infância.
Com que sentimentos você está enfrentando esse momento difícil na história do
mundo?
Francisco: Gostei: ‘Não
estou falando de política, mas de humanidade’. Isso é sábio! Os jovens não têm
a experiência das duas guerras. Aprendi com meu avô, que participou da Primeira Guerra Mundial em Piave, e aprendi muitas
coisas com suas histórias. Também as canções muito irônicas contra o rei e a
rainha. As dores da guerra. Depois, o que a guerra deixa: os milhões de mortos
do grande massacre. Depois veio a Segunda Guerra Mundial: eu a conheci em Buenos Aires, com muitos migrantes que chegaram, muitos. Italianos,
poloneses, alemães. Ouvindo-os, compreendíamos o que é uma guerra, que nós não
conhecemos.
O que eu faço quando vejo que o Mediterrâneo é um cemitério? Digo a
verdade: sofro, rezo e falo. Não devemos aceitar esse sofrimento, não devemos
dizer: ‘Sofre-se em todos os lugares’.
É importante que os jovens conheçam o resultado das duas guerras do
século passado. É um tesouro negativo, mas um tesouro que deve ser transmitido
para criar consciências. Um tesouro que fez crescer a arte italiana, o cinema
do ‘Dopoguerra’ é uma escola de humanismo. Que os jovens conheçam isso para
que não caiam no mesmo erro. Compreender como começa um populismo, por exemplo,
o de Hitler em 1922 e 1923. Que saibam como começam os populismos:
semeando o ódio. Não se pode viver semeando ódio.
Nós, na experiência religiosa (pensemos na Reforma), semeamos ódio, de ambos os lados, protestantes e
católicos. Hoje estamos tentando semear gestos de amizade. Semear ódio é fácil,
e não apenas no cenário internacional, mas também no bairro. Alguém vai e fala
mal sobre o vizinho ou a vizinha e semeia ódio. Semear ódio com comentários e
fofocas – da guerra de fofocas, mas são da mesma espécie – é matar. Matar a
fama dos outros, a paz, a concórdia na família, no bairro e no trabalho. Fazer
que cresçam os ciúmes. O que eu faço quando vejo que o Mediterrâneo é um cemitério? Digo a verdade: sofro, rezo e falo. Não
devemos aceitar este sofrimento, não devemos dizer: ‘Sofre-se em todos os
lugares’.
Hoje estamos na Terceira Guerra Mundial em capítulos. Vejam os lugares de conflito: falta de humanidade, agressão, ódio entre culturas, entre tribos... também a religião deformada para poder odiar melhor.
Hoje estamos na Terceira Guerra Mundial em capítulos. Vejam os lugares de conflito: falta de humanidade, agressão, ódio entre culturas, entre tribos... também a religião deformada para poder odiar melhor.
A Terceira Guerra Mundial está em andamento, acho que não estou exagerando nisso.
Vem-me à mente esta profecia de Einstein: a quarta guerra
mundial será com pedras e paus, porque a terceira destruirá tudo.
Semear o ódio é um caminho de destruição, de suicídio. Isto se pode
encobrir com muitas razões, esse moço do século passado, em 1922 (Hitler), que
o encobriu com a pureza da raça.
Acolher o migrante é um mandamento bíblico, porque Jesus foi um migrante no Egito. A Europa foi feita pelos migrantes, muitos fluxos migratórios fizeram a Europa de hoje. Depois, a Europa está consciente de que nos momentos difíceis outros países, como os Estados Unidos, receberam os migrantes europeus e sabem o que isso significa.
Acolher o migrante é um mandamento bíblico, porque Jesus foi um migrante no Egito. A Europa foi feita pelos migrantes, muitos fluxos migratórios fizeram a Europa de hoje. Depois, a Europa está consciente de que nos momentos difíceis outros países, como os Estados Unidos, receberam os migrantes europeus e sabem o que isso significa.
Antes de emitir um julgamento sobre a migração, devemos retomar a
nossa história europeia. Eu sou filho de migrantes que foram para a Argentina. Na América do Norte há muitos que têm sobrenome italiano, migrantes
recebidos com o coração e as portas abertas. O fechamento é o começo do suicídio.
É verdade que devemos acolher e acompanhar os migrantes, mas, acima de
tudo, devemos integrá-los. Se nós acolhemos assim, sem integração, não fazemos
um bom serviço. A integração é necessária. A Suécia tem sido um
exemplo disso. Quantos de nossos argentinos e uruguaios, durante as ditaduras estavam refugiados na Suécia e foram imediatamente integrados com escola e
trabalho... Na Suécia veio para me saudar uma ministra filha de uma sueca e um
imigrante africano.
Por outro lado, a tragédia de Zaventem [os atentados na Bélgica, ndr.] não foi
causada por estrangeiros, mas por jovens belgas que viveram confinados em um
gueto, tinham sido recebidos, mas não integrados.
Um governo deve ter o coração aberto para receber, boas estruturas para fazer o caminho da integração e também a prudência para dizer: até aqui posso; mais do que isso eu não posso. É necessário que toda a Europa se coloque de acordo, não que todo o peso recaia sobre três ou quatro países. O novo cemitério europeu chama-se Mediterrâneo, chama-se Egeu.
Um governo deve ter o coração aberto para receber, boas estruturas para fazer o caminho da integração e também a prudência para dizer: até aqui posso; mais do que isso eu não posso. É necessário que toda a Europa se coloque de acordo, não que todo o peso recaia sobre três ou quatro países. O novo cemitério europeu chama-se Mediterrâneo, chama-se Egeu.
4. Martin Scorsese (Estados Unidos, 75 anos).
Santo Padre, hoje as pessoas têm dificuldades para mudar, para acreditar
no futuro. Já não se acredita mais no bem. Olhando ao redor de nós e lendo os
jornais. parece que a vida do mundo é marcada pelo mal, até mesmo pelo terror e
pela humilhação. A Igreja também é atingida por esses problemas.
De que maneira um ser humano pode viver uma vida boa e justa em uma sociedade na qual o que nos leva a agir é a ganância e a vaidade, na qual o poder se expressa com violência?
De que maneira um ser humano pode viver uma vida boa e justa em uma sociedade na qual o que nos leva a agir é a ganância e a vaidade, na qual o poder se expressa com violência?
Francisco: De que maneira
pode a fé de uma jovem e de um jovem sobreviver? Como ajudá-lo nesse
esforço?
Hoje vemos mais claramente como se age com crueldade, em toda parte, com
frieza nos cálculos para arruinar o outro. E uma das formas de crueldade que
mais me afeta no mundo dos direitos humanos é a tortura; neste mundo, a tortura é o pão nosso de cada dia. E a
tortura é a destruição da dignidade humana.
Certa vez aconselhei alguns jovens pais: como corrigir os filhos? Às
vezes é preciso usar a filosofia do tapa, um tapa, mas nunca no rosto, porque
isso tira a dignidade! Vocês sabem onde dá-lo. A tortura é brincar com a
dignidade das pessoas, a violência para sobreviver, a violência em certos
bairros onde, se você não roubar, não come.
Não podemos negar essa cultura.
Como lidar com a grande crueldade? Como ensinar a transmitir aos jovens que a
crueldade é um caminho errado que mata a pessoa, a humanidade, a comunidade?
Aqui há uma palavra que devemos dizer: a sabedoria do choro, o dom de
chorar. Diante das crueldades, o pranto é humano e cristão, porque amolece o
coração e é uma fonte de inspiração. Jesus, nos momentos mais
difíceis da sua vida, chorou. Chorar, não tenham medo de chorar por essas
coisas. Somos humanos. Depois compartilhar a experiência, e novamente falar de
empatia. Não condenar os jovens – assim como os jovens não devem condenar os
idosos. E esta é a empatia da transmissão dos valores.
Também é importante a proximidade, que opera milagres. A não-violência, a mansidão, a ternura, essas virtudes humanas que parecem pequenas, mas são capazes de superar os conflitos mais difíceis.
Também é importante a proximidade, que opera milagres. A não-violência, a mansidão, a ternura, essas virtudes humanas que parecem pequenas, mas são capazes de superar os conflitos mais difíceis.
Proximidade com aqueles que
sofrem, proximidade com os problemas, proximidade entre jovens e idosos. São
poucas coisas, e assim se transmite uma experiência e se faz amadurecer: os
jovens, nós mesmos e toda a humanidade.
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Fonte da informação:
https://www.cartamaior.com.br/?/Editoria/Historias-do-Futuro/-Os-populismos-comecam-semeando-o-odio-que-e-o-caminho-de-destruicao-suicidio-alerta-o-Papa-Francisco/48/42162
Foto de Papa Francisco - Vatican Media
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