Vanise Rezende - clique para ver seu perfil

TEMPO DE APRENDER

31 outubro, 2016


Minha filha fazia o trajeto de carro, com seu filho de cinco anos, da  escola  para  casa. No assento de trás, ele gosta de olhar os  carros  e  as pessoas que passam nas calçadas.  Mas, dessa vez, ele a surpreendeu com um comentário contundente:

 A gente olha as pessoas na rua... E nem parece  que um dia elas vão morrer!...  

Esta pode ser uma reflexão nascida da saudade que Artur tem de um avô que ainda lhe é muito presente. Ele sabe que, ainda recém-nascido, foi apresentado ao avô no hospital. E que, dias depois, o avô se despediu de nós todos para sempre. 

Mas, Artur também demonstra ter um sentido muito forte de curtição da vida. Certo dia ele disse, antes de dormir, feito quem estava pensando em voz alta:  É muito bom a gente ser criança... Quanta coisa pra aprender!!!

Bem sabia o homem de Nazaré, que ensinava aos seus conterrâneos a “aprender com as crianças”... Hoje, conhecendo essa criança com quem convivo há cinco anos, ouso completar: Porque elas gostam de aprender!

Em outra ocasião, depois de rezar para dormir, Artur perguntou  a   sua mãe:   

 Mamãe, quem foi que fez o mundo
– Foi Deus, ela respondeu. Uma saída que ela pensava não fosse exigir novos comentários. Parecia-lhe uma resposta condizente à hora de dormir. Mas Artur, pequeno  filósofo  que  é, atacou mais forte:  E quem foi que fez Deus?...

Sua grande sensibilidade surpreende não tanto por sua intensa curiosidade infantil, mas pela busca de sentido para tudo aquilo que ele observa.

Dia desses, depois de uma tarde passada com a avó, ele comentou com os pais, no trajeto de volta a casa:  Vovó parece que sabe o que eu gosto! Toda vez que eu venho ela pensa, e faz sempre o que eu gosto!

É muito simples fazer o que Artur gosta: basta passar cerca de vinte minutos a procurá-lo pela casa, depois de abrir a porta a quem lhe está acompanhando. Ele corre como se eu não percebesse, e se esconde encolhendo-se debaixo da mesa, entre as cadeiras. Sempre no mesmo lugar! Cabe-me circular por toda a casa... Fazer as mesmas cenas, os mesmíssimos comentários: Cadê Artur, onde é que se escondeu?... – Será que ele já foi pra casa?... Depois, ensaio uma grande surpresa de encontrá-lo no lugar de sempre! –  Ah! Olha só onde ele está!!! 

Em sua casa, nas horas vagas, ele gosta de ver seus vídeos preferidos. Quando está comigo, não costumo ligar a TV. Lemos histórias, brincamos de esconde-esconde, quebra-cabeça, e outros jogos que ele costuma trazer. TV, nem pensar!...

Há poucos dias ele chegou, e me convidou a sentar ao seu lado, no sofá, todo carinhoso. Depois me disse, com seu jeito sagaz:

  Vovó, você sabe que tem um programa no “kids” que ensina coisas novas de aprender? Eu posso lhe mostrar... Você quer aprender, por exemplo, “como é que o dia vira noite?!” 

Fui vencida... Liguei a TV, e ele me orientou passo a passo, no Netflix, como chegar ao vídeo que vovó não conhecia. 


Recentemente recebi uma mensagem da tia que o levou para um final de semana na praia. Depois ela nos contou que estava no mar com Artur, quando ele começou com um nhemnhemnhem... Falando feito uma criança pequena. Minha filha, que não deixa pra lá sua condição de psicóloga, lhe disse: 

– Artur, por que tu ficas falando assim, feito no desenho animado? Tu és real, cara, uma pessoa real. Esse jeito de falar é dos desenhos animados, como o de Pepa, ou de Dora Aventureira. E lhe explicou:
A gente deve falar como gente real, porque a gente não é virtual.
E o que é virtual? perguntou Artur, interrompendo o 'sermão'.
Virtual é quem não é real, não tem carne e osso...


Artur ficou a pensar por alguns instantes. Depois lhe disse:  Tu sabias que a gente está no filme de Deus?                              
A tia retrucou: Quem te falou isso, Artur?
Eu mesmo... Pensando.

Deus tem sido um tema corrente nas conversas de Artur. Dia desses, sem que sua mãe perguntasse, ele explicou melhor essa sua 'teologia':

 Mamãe, você sabia que Deus mora sentado na lua? 
–  Sentado?, perguntou a mãe. 
–  É, assistindo TV, ele respondeu.
– E o que é que passa na televisão de Deus? 
Ora, a vida da gente!

Como é divertido aprender com as crianças!  

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Créditos das imagens:

1 e 2 - www.canstockphoto.com.br
3 e 4 - fotos exclusivas deste blog.
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BRASIL - GOVERNO TEMERÁRIO E TEMOROSO

25 outubro, 2016

Todos sabemos que a situação politica econômica e social do Brasil é calamitosa. 

partir de agora, este espaço trará informações de fontes diferenciadas, e análises conjunturais periódicas, para coadjuvar o entendimento de fatos e decisões políticas que precisamos acompanhar de perto, para que se possa participar efetivamente do que for possível fazer para entender mais e reagir. 

A cada dia se percebe o descaramento do grupo golpista de que todo o país é vítima. Se safam apenas um percentual minúsculo dos mesmos que vivem acima da realidade, pois são legisladores de seus próprios benefícios. As diferenças nós, os mortais, já estamos verificando nos mais simples atos: quando se recebe as contas mensais, quando se faz a feira semanal e, especialmente, quando somos surpreendidos com a violência social infundida, embutida e vertida de supetão nos atos degradantes deste governo que desdenha especialmente dos que já eram marginalizados, dos que agora perdem a vez de viver com alguma esperança.  

Antes não vivíamos num mar de rosas. Especialmente se nos referimos aos últimos anos do governo Dilma, que de início apresentou resultados sociais fecundos, e manteve aberta a porta da inclusão social. Os mais sensíveis reclamavam o desprezo e o desrespeito pelos povos indígenas. Fomos decepcionados com o desmantelo de tantos ministérios ociosos, e o estreito espaço para o diálogo com a sociedade organizada. Mas, queríamos resolver os fatos da nossa indignação com o exercício da democracia. Acontece que os  grupos interesseiros aproveitaram o desencanto do povo para tomar o poder, golpear a democracia e alastrar, com um golpe tão infame, o aprofundamento da desventura de um povo já sofrido. 



Hoje, este governo golpista indiferente às necessidades do país, está de costas para as conquistas já alcançadas, e age, a bem da verdade, como já se podia esperar deste senhor tão TEMERário  e  inda mais TEMERoso.

O que está acontecendo, na realidade?
Trazemos aqui um artigo do professor Douglas Rodrigues Barros* - publicado na Carta Capital digital. Poderá nos ajudar a compreender os meandros políticos, os interesses escusos e as consequências desumanas e temerárias da gestão do governo golpista que está ai. Os grifos do artigo são nossos.

A VERDADE CATASTRÓFICA DE UM GOVERNO GOLPISTA

Perante  a  vergonhosa  derrota  experimentada  ante  as  obscuras forças de uma contrarrevolução  sem  revolução  no  Brasil  se  tornou  oportuno apresentar seus resultados pelas medidas tomadas ao toque de caixa pelo governo ilegítimo. Medidas estas que colocarão o país num permanente estado de sítio.
Sabemos que uma crise acarreta a perda intensa de bens, mas não só, as atuais crises mundiais levaram a perda de direitos em todo o globo. As perdas monetárias não são um fim absoluto, porém, a perda de relações sociais é impossível de ser recuperada com um pagamento. E o governo Temer é o governo da desagregação social.
Com efeito, chamar o seu atual Ministro da Fazenda de fundamentalista ortodoxo do neoliberalismo não é certamente má-fé, mas, em todo caso, denota ingenuidade, tendo em vista que aí não se trata de convicção, se trata de interesses. E, no caso em questão, de interesses ilícitos. Ele age com a máxima: privatizar o lucro e socializar os custos. Quem pagará pelos custos? Os mais pobres, os trabalhadores, os professores, etc…
As medidas impostas triunfam como um carrasco invisível para centenas de milhares de trabalhadores. Infelizmente, elas cumprem um papel bem orquestrado de continuação lógica ante uma reação que usurpou o poder e cujos interesses são megalômanos e antissociais. A PEC 241/2016 que em síntese é o congelamento de investimentos em áreas centrais como saúde, educação, assistência social e previdência é a face perversa de um modelo que aposta na destruição social.

Mas, não é só isso: ao se manter essas áreas com investimentos congelados, ou limitados à correção da inflação do ano anterior, se deixará de investir na demanda crescente dessas áreas. Em outras palavras, se sucateará o bem público. Essa é a face mais sanguinolenta desse governo. Nesse ponto, há o total desmonte das garantias de saúde, educação, previdência e assistência social da Constituição de 1988 e, aí, o golpe revela ao que veio.
Ora, acima afirmei que se tratava de interesses ilícitos, explico o porquê agora: na PEC 241/2016 há um parágrafo que diz o seguinte: § 6 – Não se incluem nos limites previstos neste artigo (…) V- despesas com aumento de capital de empresas estatais não dependentes. O que isso significa? Ora, ao mesmo tempo que a PEC acima passava pela CCJ (Comissão de Constituição, Justiça), no submundo de Brasília era criado um Projeto de lei do senado (PLS) de número 204/2016 que visa legalizar um esquema financeiro ligado às empresas estatais não dependentes.

Empresas estatais não dependentes são, na verdade, órgãos parasitários feitos para a venda de papéis financeiros cujos juros exorbitantes atingem 23% do valor dos papéis. Quem irá pagar esses juros? O Estado ou Município. Para quem irá pagar? Para investidores Seniores– os tubarões do mercado financeiro. De onde sairão esses recursos? Daqueles que ficarão congelados por 20 anos. Em suma, se congela os investimentos na educação e saúde para repassar dinheiro público aos grandes banqueiros.

Dessa maneira, o governo Temer mata dois coelhos com uma cajadada só; o primeiro, com o sucateamento das áreas essenciais garantidas pela Constituição; o segundo, com a criação de empresas estatais não dependentes que beneficiará os mais ricos realizando uma terceirização indireta e forçada. Vulgarmente falando, o dinheiro que hoje vai para educação, saúde e previdência irá para as mãos dos ricos e o governo ainda terá que pagar mais 23% de juros a estes.
Esse esquema, que foi o mesmo que dilapidou o Estado grego, já está em curso em diversos estados do Brasil e sua realidade diabólica é a geração de dívida pública sem contrapartida alguma.  O governo de Michel Temer opta por deixar de investir em setores sociais essenciais para pagar juros e amortizações de papéis financeiros a grandes investidores. Em suma, é a transferência brutal de recursos públicos para o setor financeiro.
O repasse dos custos às pessoas comuns em benefício dos grandes investidores sempre esteve na agenda da direita. Nesse esquema ilegal, a ocorrência de inadimplência em massa de governos municipais e estaduais será o estipêndio pago pelos mais pobres e miseráveis aos mais ricos e investidores. O aprofundamento da crise é, pois, o mais provável e será bem mais difícil de resolver, em parte devido à nova profundidade e extensão e em parte fatalmente por razões políticas.
Sendo assim, quando governantes e economistas especializados parecem tão indiferentes e inconsequentes à propensão do aprofundamento da crise, quando tão sorridentes ignoram os sinais de alerta no entorno, então, é porque estão seguros de si. Quando uma taxa de desemprego sobe a treze pontos percentuais e a persistência da perda de postos de trabalho se mantém, e nada é feito, dá indícios do estado calamitoso da sociedade.
No momento em que escrevo há um sentido profundo assim como uma abundância de provas tangíveis da gravidade de nossa situação: 1,5 milhões de empregos foram perdidos e é o pior índice desde 1985. O cenário é de calamidade social e o horizonte permanece decrescente. Não há nada de novo e não se enxerga nenhuma alternativa realmente efetiva para a mudança do quadro em que estamos.
A desagregação social parece uma realidade mais efetiva do que qualquer mudança de rumo real. A apatia se generaliza e o berro verde e amarelo consolidou o maior descalabro social da história do país, levado por uma agenda em que se tira do mais pobre para dar ao mais rico. Por isso, os comportamentos autodestrutivos desse governo precisam ser barrados antes que seja tarde demais. Se torna imperativo que sua verdade seja barrada, pois, dela emana a catástrofe.

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 * Douglas Rodrigues Barros é escritor e doutorando em filosofia pela UNIFESP.
Texto divulgado in:http://negrobelchior.cartacapital.com.br/verdade-catastrofica-de-um-governo-golpista/ 22 setembro 2016.



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Créditos Imagens:

1. Frente Brasil Popular -  Foto de Paulo Pinto - AGPT
2. Temer e Meireles - http://negrobelchior.cartacapital.com.br/
3 e 4 - Foto de Paulo Pinto - AGPT - Av. Paulista 22.09.2016
5. Fora Temer - Foto de Carlos Villalba - EFE

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IN RICERCA DI NOI STESSI

23 outubro, 2016


Quando si partecipa di uno evento importante con impegno ed animo, alle volte dopo ci viene da indagare sulle grandi domande che si fa per capire meglio chi siamo, da dove veniamo e che cosa vogliamo fare della vita.

Ci sono altre ocasioni in cui si risveglono questi momenti filosofici della nostra vita. Possono sucedere a qualsiasi giorno, quando si stà a osservare i figli oppure i nipoti a giocare a casa, quando si annaffia le piante più belle o quelle più rattristate, quando si stà a contemplare la natura oppure alla sera, quando siamo rannicchiati sul letto, cercando di adormentarci.

Certe mattine, standoci ancora ad oziare alle prime luce del giorno, spesso ci si impone una questione: 

-      Cosa ho fatto fin ora della mia vita?
 
E questo “fin ora” è carico di tutto il passato. Non importa se di molti o pochi anni. Neppure sarà necessario fare dei calcoli sul tempo che ci resta. Intanto, il tempo non aspetta. É sempre l´oggi.

La scelta necessariamente cade su di noi stessi. Sono stato io a decidere esserci ora dove mi trovo. Perché? In vista di che cosa? Sono domande che, invece di rattristarci ci dovrebbero stimolarci a vivere.

Fa bene ognitanto sentire una immensa gratitudine per la vita che si ha vissuto fin ora. Ma, alle volte si percepisce un desiderio profondo, come se volessimo avere la possitilità di tornare indietro e riffare alcuni passi, come fosse possibile orientare un altra volta le proprie decisioni i cui risultati sono il peso o chissà la soavità dei giorni già vissuti.


Sarebbe bello che uno o l´altro di questi sentimenti rappresentassero soltanto la transizione per una questione più effettiva, più realista, più situata nell´oggi:


-      Cos´è importante per la mia vita in questo momento?


É una situazione che ognitanto rivolta: quella di metterci pienamente nel momento in cui si vive. Imparando da se stesso, dai propri equivoci, dalla retroscena dei sogni dispersi per i quali forse non si ha lottato quanto sarebbe necessario.

Sarebbe il momento di trasformare quel “fin ora” in “oggi”. I sucessi o gli sbagli del passato possono aiutare. Ma, l´importante è percepire quel che voglio oggi per me. Non lasciar spegnersi la chiama che riascende ne la volontà che fiorisce non più come proposito, ma come forza di cambio, attittudine di vita, decisione.

É l´ora di collegarsi ai legami vivi che sono sopravvissuti alla tempesta ed alla paralisi di una volontà inquieta o indecisa. E vibrare con una scelta rinnovata, orientata  a ciò che sarebbe meglio per se stesso.  Un vero svilluppo umano richiede tenacia ed ha bisogno di apprendistato. Vivere è importante. Ed è importante anche ricercare le fonti di vita, senza scusarsi di fare i passi necessari.

Bisogna cercare di riaquistare la soavità di spirito, in modo da percepire meglio la bellezza dell´alba e la quietudine del tramonto, la forza della luce del sole e lo esplendore della luna, contemplare l´abbrocciare delle piante che ci insegnano a vivere, sentire il poetico rumore della pioggia ed il dolore dell´aridità del cuore.

Per conquistare soavità, ognuno può dicernere quello che gli conviene. Andare avanti, insistere di curare se stesso. È il primo passo per imparare a occupparsi dell´altro. Fa bene andare a passeggio con un amico... Fissare un fine settimana con un altro che ci pare un pò solo... Andare a visitare qualcuno che da molto non si vede... E non fermarsi ancora. Continuare a mettrsi altre domande, anche quelle rilevante:

-    Cosa stò a fare per gli altri? E per le pesone più vulnerabile della società in cui vivo?

Interessarsi su quello che sucede in torno a sè... Nella famiglia, nel gruppo che si frequenta, tra i compagni di lavoro. Sono i primi passi per andare più in là...

- Cosa so fare di meglio per offrire a servizio di chi ne ha bisogno?

Un giorno arriva l´ora di ampliare la propria area di comodità. Ampliare lo sguardo più in là del proprio specchio metaforico. Uscire in ricerca di quello che posso donare di me stesso, per lo svilluppo di quelli che non hanno quello che ho ricevuto, per l´apprendistato di chi non ha avuto le condizioni o l´appoggio che ho avuto io, per offrire supporto ad altri che potrebbero averne bisogno. C´è molto da compartire, da cooperare... In cambio, è possibile sperimentare la ricchezza dei beni relazionali costruiti com i gesti di fraternizzazione del sapere, del fare, dell´offrire, e del vivere!

Così, nel momento in cui si avrà la necessità di guardare indietro, sarà possibile domandarsi, senza paura:

-    Cosa mi ha lasciato più felice nel percorso della mia vita?

Allora ritornerà la memoria personale come un film già visto, quando ci si permette incantare di quello che si è riuscito a costruire con gli altri. Servirà come un tonico per il momento presente. E potrà essere incoraggiante per continuare a credere in quello che si è capace. Senza permettersi visitare le ombre della vita, ma lasciando splendere le luce piene delle più belle esperienze fatte, per contemplarle, ed allora imparare un pò di più.

Con le scelte che si ha fatto nel passato si può riapprendere e rivalutarle, per fare meglio. Senza lasciare passare l´inspirazione. Si può fiflettere il tempo che sia necessario, ma decidersi. Tornare a camminare prendendo il proprio destino nelle mani, assumendo le scelte ormai fatte e, se necessario, riorientandole, anche se per questo sia necessario chiedere appoggio ad altri.

Sono i buoni momenti che illuminano i fatti della propria vita – di pochi anni indietro oppure di una vita longeva – che ci motivano a vivere con qualità, innovando le idee e rifacendo i piani per quello che la vita offre nel presente.


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 Crediti delle immagini:

1. Ragazzo pensativo - www.canstockphoto.com.br
2. Donna seduta sul letto – Opera di Roberto Ploeg - pintore olandese     radicato in Brasile. www.robertoploeg.com.br   
3. Ragazzo a contemplare l´alba www.canstockphoto.com.br
4. Tropicale – pittura di Anita Malfatti – pittrice brasiliana.
 https://obrasanitamalfatti.wordpress.com/
5. Gruppo radunato a Caiçara-PB (Brasil).
6. Manifestazione dell´Unione Brasiliana delle Donne - divulgazione.


Nota: Le immagini pubblicate in questo blog appartengono ai suoi autori. Se qualcuno possiede i diritti di una di queste e desidera che sia rimmossa di questo spazio, per favore entre in conttato con: vrblog@hotmail.com

EM BUSCA DE NOSSA IDENTIDADE

20 outubro, 2016


Quando se participa de um evento importante com empenho e compromisso, é frequente que se volte a indagar sobre as grandes questões que se faz para melhor entender quem somos, de onde viemos, e o que queremos realizar na vida. 

Há inúmeras ocasiões para esses momentos filosóficos em nossa vida. Podem acontecer nos instantes vivenciados no dia-a-dia, quando se está a observar os filhos ou os netos que brincam pela casa, quando se água as plantas viçosas ou entristecidas e, à noite, quando se está enrodilhado na cama tentando adormecer.


Em certas manhãs, enquanto nos espreguiçamos às primeiras luzes do dia, surge uma questão que pode nos perturbar:

- O que fiz até agora da minha vida?   

E o “agora” carrega consigo todo o passado. Não importa se de muitos ou poucos anos. E nem será necessário fazer os cálculos do tempo que nos resta. Tanto, o tempo não espera. É sempre o hoje.

A escolha, inevitavelmente, cai sobre nós mesmos. Fui eu a decidir estar hoje onde agora me encontro. Mas, por que? Para que? São perguntas que, em lugar de entristecer deveriam nos estimulam a viver. Faz bem poder sentir uma imensa gratidão pela vida que se levou até agora. Mas, às vezes percebe-se um desejo profundo e guardado de, se fosse possível, voltar atrás e refazer alguns passos, reorientar as próprias decisões, cujos resultados são o peso ou a leveza dos dias que vivemos.

Bom seria que um ou outro desses sentimentos representasse apenas a transição para outra questão mais efetiva, mais realista, mais situada no agora:

- O que quero fazer agora?

É uma situação vez por outra revisitada: a de se colocar plenamente no momento que se vive. Aprendendo de si, dos próprios equívocos, da retrospecção dos sonhos dispersos pelos quais talvez não se lutou o quanto seria preciso.

E se fosse recolocada a mesma questão inicial? Se eu transformasse o “até agora” para o "hoje", e me perguntasse:

- O que é importante para a minha vida, neste momento?

Os acertos ou equívocos do passado podem ajudar. Mas, importante é perceber o que eu quero hoje, para mim.  Não deixar passar a chama que reascende nem a vontade que desabrocha não mais como propósito, mas como força de mudança, atitude de vida, decisão.

É hora de se conectar aos elos vivos que subsistiram à borrasca ou à paralisia de uma vontade inquieta ou indecisa. E vibrar por uma escolha renovada, orientada para o que é melhor para si. 

O desenvolvimento humano requer tenacidade e carece de aprendizado. Viver é preciso. E é preciso aprender a buscar as fontes de vida, sem largar os passos da caminhada necessária.

Importante, ainda, é reconquistar a leveza de espírito, para se perceber melhor a beleza do amanhecer e a quietude do entardecer, a força da luz do sol e o esplendor do luar, o desabrochar das plantas que nos ensinam a viver, o poético rumor da chuva e a dor da aridez do coração. 

Para se reconquistar leveza, cada um pode discernir o que lhe convém. Seguir atrás, insistir em cuidar de si. É o primeiro passo para aprender a cuidar do outro. Faz bem fazer uma caminhada com um amigo... Ir visitar alguém que há muito não se vê... Marcar um fim de semana com alguém que nos pareça estar um pouco só.

Mas  não  parar  por  aí. Há  que  se  continuar  a responder  outras  questões também muito importantes:

- O que  tenho feito pelos outros?  Pelas   pessoas mais  vulneráveis  da sociedade em que vivo? 

Procurar interessar-se sobre o que acontece ao  redor. Na família, no grupo que se frequenta, com os colegas de trabalho. São os passos mais importantes para se ir mais além...

- O que sei fazer melhor para oferecer?

Um dia chega a hora de ampliar a própria área de aconchego. Estender o olhar para longe do próprio espelho metafórico. Sair em busca do que posso doar de mim mesmo, para o desenvolvimento de quem não recebeu o que recebi, para o aprendizado de quem não teve as condições e o apoio que tive, para dar suporte a outros que podem estar precisando de mim. Há muito o que partilhar e que cooperar... Em troca, é possível experienciar a riqueza dos bens relacionais construídos com os gestos de fraternização do saber, do fazer, do ofertar, e do viver!

Assim, no momento em que se perceber a necessidade de olhar para trás, é possível se perguntar, sem medo:

- O que me deixou mais feliz no percurso da minha vida?

Então se volta às memórias pessoais, plugando o filme do já vivido, quando a gente permite se encantar do que conseguiu construir com os outros. Vale como um tonificante do momento presente. E volta a ser mais um momento encorajador para continuar acreditando no que se é capaz. Sem se permitir visitar as sombras da vida, mas deixando espancar a luz plena das suas melhores experiências, para contemplá-las e, então, aprender um pouco mais.

Com as escolhas que se fez no passado se pode reaprender e revigorar-se. Tentar fazer melhor.  E não deixar passar a inspiração. Refletir o tempo que for necessário, mas decidir-se. Voltar a caminhar tomando o próprio destino nas mãos, assumindo as escolhas já feitas e, se necessário, reorientá-las, mesmo que para isso for preciso pedir apoio e orientação.

São os bons momentos de iluminar os fatos da própria vida – de poucos anos atrás ou de uma longeva idade – que nos motivam a um viver de qualidade, inovando as ideias e refazendo os planos para o que a vida está a oferecer no hoje, no agora. 

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Créditos das Imagens:

1. Jovem pensativo - www.canstockphoto.com.br
2. Mulher sentada na cama - Obra de Roberto Ploeg - pintor holandês.
    www.robertoploeg.com.br
3. Mochileiro contemplando o amanhecer - www.canstockphoto.com.br
4. Tropical - pintura de Anita Malfatti - https://obrasanitamalfatti.wordpress.com/
5. Reunião de um grupo de Caiçara-PB (Brasil).
6. Manifestação da União Brasileira de Mulheres - divulgação.


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VELHICE - O CANTO DA ESPERANÇA

05 outubro, 2016

Vivencio um momento esvaziado das pequenas alegrias que o mundo ou as relações podem nos trazer, como se habitasse um poço profundo sem ar e sem luz...

A paisagem triste que o mundo revela à humanidade, em muitos rincões, chega a anuviar a minha fé na força da vida e nos valores humanos. E quer aniquilar a minha confiança na fraternização das relações, na costura do diálogo e da sincera palavra. 

Até o sacramento da amizade me se apresenta afastado da carícia da singeleza e do dom. Percebo-me um elo de uma corrente da qual não sou parte necessária. Caí no fundo do poço...

A velhice prega dessas peças, eu sei. Preciso lembrar o que aprendi nas andanças mundo a fora: que não se deve dar tanta importância ao sentir, mas esforçar-se para dar vez e sentido ao viver.

Então, com esforço imenso, tento imitar os pobres e sábios dos antigos tempos, e canto o meu salmo pessoal a fazer eco nesse vazio sem nome. Canto o canto da Esperança arrancada do mais profundo, como um fio d´água infiltrado nessa aridez tamanha.

Mais uma vez aprendo com a Esperança que a minha vida pessoal é um pequeno cisco integrado à grandeza e à beleza de todos os seres vivos.

Cada um segue aonde a vida o chama, indispensável que é qual um sopro à sinfonia universal dos vivos e dos mortos. Ora a lutar entre os que sofrem, ora a cantar com os  que se rejubilam. Mais uma vez descubro, na Esperança, a graça e o dom do viver.

Viver porque estou viva. 
Viver porque ainda posso escolher a vida, neste momento. 
Viver porque a vida tem sido – como a vida é – momentos de sim e de não, com suas perdas, seus vexames, e algumas suaves alegrias. 

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Créditos da imagens: 

1. www.canstockphoto.com.br

2. "A Esperança". Acrílico sobre tela de Maria Lúcia Sandri
     In: www.artedionisio.blogspot.com

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