O meu prazer de versejar surgiu ainda na infância, quando me embebia da musicalidade das cantigas de minha mãe durante o seu dia a dia. Ela cantava sempre - cantigas de amor e de saudade, de alegria e devoção - enquanto enfrentava o cuidado com os sete filhos e os limites que a vida exigia das mulheres de então.
Os que nascem em Custódia cultivam a inapagável memória dos dias lá vividos, marcados pela saudade da sua brisa e do seu calor, e acalentados pela lembrança do seu povo atencioso e criativo.
Meus versos têm suas raízes no chão teimoso da aridez da minha terra, e brota da escuta profunda da minha infância, alimentada pelos poetas cantadores que por ali passavam - especialistas em glosar versos e estrofes, com motes sertanejos de inigualável criatividade - na disputa e no gracejo da cantoria de improviso.
Carrego a longínqua lembrança de cartas em versos, trocadas com o meu tio e poeta Hermes Pires de Brito, que me contava histórias memoráveis dos cantadores do Moxotó e do Pajeu.
Carrego a longínqua lembrança de cartas em versos, trocadas com o meu tio e poeta Hermes Pires de Brito, que me contava histórias memoráveis dos cantadores do Moxotó e do Pajeu.
É assim que sigo a escrever livres cantares de paisagens e sentimentos - feito um lugar escurecido de onde se contempla o mais sentido e nunca dito, o tanto imaginado e ainda não vivido, e a beleza contemplada que se fincou na alma. Lembranças que têm raízes espraiadas m pelo mundo afora.
Resta sempre a tentativa de expressar a profunda saudade amorosa, dolorosa e prazerosa que se assenta - sem deixar mágoas - no chão poético de cada um de nós.
São cantigas de prazer e de alegria, de amor e bem-querer, de fé profunda num Deus que é Amor, mesmo quando a dor chega sem aviso, a doença aparece sem ser esperada, a compreensão do outro não é a que se precisa e - coisa estranha - a brandura da vida, a saúde, a alegria, parecem-nos quase incomodar, porque não é assim para todos.
Aqui, o meu convite à visitação da página POESIA ITINERANTE deste espaço,
que pode acordar os sentimentos, mas não vai doer... porque chegam feito poesia.
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Créditos das imagens:
Vista da Praça Padre Leão, de Custódia - fotografia de Paulo Peterson -
www.custodiaterraquerida.com.br
Repentistas - www.blogs.diariodonordeste.com.br
Paisagem na Itália - arquivo do blog.
Nota: As imagens publicadas neste blog pertencem aos seus autores. Se alguém possui os direitos de uma dessas imagens e deseja que ela seja removida deste espaço, por favor entre em contato com: vrblog@hotmail.comResta sempre a tentativa de expressar a profunda saudade amorosa, dolorosa e prazerosa que se assenta - sem deixar mágoas - no chão poético de cada um de nós.
São cantigas de prazer e de alegria, de amor e bem-querer, de fé profunda num Deus que é Amor, mesmo quando a dor chega sem aviso, a doença aparece sem ser esperada, a compreensão do outro não é a que se precisa e - coisa estranha - a brandura da vida, a saúde, a alegria, parecem-nos quase incomodar, porque não é assim para todos.
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www.custodiaterraquerida.com.br
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