O jornalista e escritor Otávio Sitônio Pinto, não é um desconhecido: cidadão sertanejo, desses que não têm medo de por o dedo na ferida e nem de dar nome aos bois, foi um grande crítico do ex-presidente Collor e escreve, três vezes por semana - com calor e tino forte - no site: www.auniao.net.jpa.combr
Gostei de ver com que tranquilidade e conhecimento de causa ele desdenha da grande mídia buscando informar sobre como e por que o governo da presidente Dilma está ligado à divulgação do escândalo da Petrobrás. O título do seu artigo, em lugar de ser "Chave de Ouro", também poderia ser:
Otávio Sitônio Pinto*
Dilma fechou com chave de ouro seu primeiro governo, e bem abriu o segundo com o desmonte do Escândalo da Petrobras. Há séculos que o País esperava uma iniciativa do executivo no sentido de sanear a administração brasileira. Era uma promessa de todos os candidatos à presidência. A campanha de Juarez Távora versus Juscelino Kubitschek trazia um cartaz de poste e parede - ilustrado com a cara de um homem atrás de grades - e a frase “os corruptos irão para a cadeia”. Jânio fez da vassoura o símbolo de sua campanha. Mas só Dilma materializou esse sonho, desmontando o cartel das empreiteiras no Escândalo do Petrolão.
OS ARTIFÍCIOS
DA CORRUPÇÃO NO BRASIL

Essa realidade passou despercebida na sua campanha, usada até contra ela. Mas foi o ponto mais positivo de seu governo: a revelação do esquema de corrupção infiltrado na coisa pública nacional, tanto na administração quanto na política. O modus operandi dos carteis em conluio com os partidos de há muito era conhecido pela cidadania, mas ainda não tinha sido provado. O governo Dilma trouxe à tona os submarinos da máfia e botou os chefões na cadeia. Como o marechal Juarez prometia.
Entendo que Dilma não quis apresentar a Operação Lava Jato como obra de seu governo para não dar conotação política à ação da Polícia Federal, em plena campanha para presidente. Mas outra não pode ser a origem da Lava Jato, pois a Polícia Federal é um departamento do Estado brasileiro, subordinado ao Ministério da Justiça: portanto, um órgão da administração pública.

A tão reclamada CPI das Empreiteiras, nunca realizada, enfim teve lugar – numa forma de plágio da Câmara dos Deputados, que reeditou a Lava Jato com roupagem parlamentar. Mas é difícil um processo isento por parte dessa CPI, pois a grande maioria das bancadas é bancada pelas empreiteiras investigadas, inclusive muitos dos membros da comissão.
Já foi dito que os governos do PT – Lula e Dilma – fizeram a maior inclusão social do planeta, resgatando a quase totalidade do proletariado para um lugar mais confortável na classe média. Essa realidade foi um dos cavalos de batalha de Dilma na sua recente campanha. Mas o saneamento promovido pela Operação Lava Jato ainda não foi explorado como ponto de venda de seu marketing político. A Lava Jato só foi possível com a promoção que a Polícia Federal ganhou desde o fim da ditadura militar. De polícia política do regime, a PF passou a ser a polícia do Poder Executivo, para os casos de maior monta e envergadura na paisagem do crime brasileiro.

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*Otávio Sintônio Pinto escrevo terça, quinta e sábado no www.auniao.net.jpa.com.br
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Crédito Imagens:
Presidente Dilma - divulgação
Fotos capa veja e desenho - www.cartacapital.com.vr
Dilma jovem - www.terrabrasilis.com.br
Foto Otávio Sitônio Pinto - www.auniao.net.jpa.com.br
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Amo de paixão os artigos do escritor.
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