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OS ARTiFÍCIOS DA CORRUPÇÃO

06 maio, 2015

O jornalista e escritor Otávio Sitônio Pinto, não é um desconhecido: cidadão sertanejo, desses que não têm medo de por o dedo na ferida e nem de dar nome aos bois, foi um grande crítico do ex-presidente Collor e escreve, três vezes por semana - com calor e tino forte - no site: www.auniao.net.jpa.combr

Gostei de ver com que tranquilidade e conhecimento de causa ele desdenha da grande mídia buscando informar sobre como e por que o governo da presidente Dilma está ligado à divulgação do escândalo da Petrobrás. O título do seu artigo, em lugar de ser "Chave de Ouro", também poderia ser: 
OS  ARTIFÍCIOS 
   DA CORRUPÇÃO NO BRASIL

 Otávio Sitônio Pinto*

Dilma fechou com chave de ouro seu primeiro governo, e bem abriu o segundo com o desmonte do Escândalo da Petrobras. Há séculos que o País esperava uma iniciativa do executivo no sentido de sanear a administração brasileira. Era uma promessa de todos os candidatos à presidência. A campanha de Juarez Távora versus Juscelino Kubitschek trazia um cartaz de poste e parede - ilustrado com a cara de um homem atrás de grades - e a frase “os corruptos irão para a cadeia”. Jânio fez da vassoura o símbolo de sua campanha. Mas só Dilma materializou esse sonho, desmontando o cartel das empreiteiras no Escândalo do Petrolão.

Essa realidade passou despercebida na sua campanha, usada até contra ela. Mas   foi o ponto mais positivo de seu governo: a revelação do esquema de corrupção infiltrado na coisa pública nacional, tanto na administração quanto na política. O modus operandi dos carteis em conluio com os partidos de há muito era conhecido pela cidadania, mas ainda não tinha sido provado. O governo Dilma trouxe à tona os submarinos da máfia e botou os chefões na cadeia. Como o marechal Juarez prometia.

Entendo que Dilma não quis apresentar a Operação Lava Jato como obra de seu governo para não dar conotação política à ação da Polícia Federal, em plena campanha para presidente. Mas outra não pode ser a origem da Lava Jato, pois a Polícia Federal é um departamento do Estado brasileiro, subordinado ao Ministério da Justiça: portanto, um órgão da administração pública.

O governo Dilma pôs a nu o complô das empreiteiras, que patrocinam as eleições do legislativo e do executivo no Brasil, quando apostam nos candidatos com chance de vitória. Depois, esse investimento retorna às construtoras, na forma de licitações superfaturadas repartidas entre os membros do grupo. Outras empresas também participam desse esforço eleitoral, seguindo a mesma rotina, que tem por base a propina. Diz-se que o governo Collor caiu porque subiu demais o percentual cobrado às empresas.

A tão reclamada CPI das Empreiteiras, nunca realizada, enfim teve lugar – numa forma de plágio da Câmara dos Deputados, que reeditou a Lava Jato com roupagem parlamentar. Mas é difícil um processo isento por parte dessa CPI, pois a grande maioria das bancadas é bancada pelas empreiteiras investigadas, inclusive muitos dos membros da comissão.

Já foi dito que os governos do PT – Lula e Dilma – fizeram a maior inclusão social do planeta, resgatando a quase totalidade do proletariado para um lugar mais confortável na classe média. Essa realidade foi um dos cavalos de batalha de Dilma na sua recente campanha. Mas o saneamento promovido pela Operação Lava Jato ainda não foi explorado como ponto de venda de seu marketing político. A Lava Jato só foi possível com a promoção que a Polícia Federal ganhou desde o fim da ditadura militar. De polícia política do regime, a PF passou a ser a polícia do Poder Executivo, para os casos de maior monta e envergadura na paisagem do crime brasileiro.

A Lava Jato ainda não terminou. Falta-lhe apontar grandes nomes da corrupção, maiorais de megas empresas que transacionavam (ou transacionam) com a Petrobras. E com as outras empresas que constroem o Brasil, fazendo obras tão caras e que se desmancham nas primeiras chuvas. Falta, sobretudo, a presidente Dilma assumir o crédito da Operação Lava Jato, que só foi possível no seu governo saneador, dirigido pelo pulso forte da guerrilheira do Colina.





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*Otávio Sintônio Pinto escrevo terça, quinta e sábado no www.auniao.net.jpa.com.br

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Crédito Imagens:

Presidente Dilma - divulgação 

Fotos capa veja e desenho  - www.cartacapital.com.vr
Dilma jovem -  www.terrabrasilis.com.br
Foto Otávio Sitônio Pinto - www.auniao.net.jpa.com.br

Nota: As imagens publicadas neste blog - aqui creditadas - pertencem aos seus autores (inclusive aquelas dos arquivos do próprio blog). Se alguém possui os direitos de uma dessas imagens  e deseja que seja removida deste espaço, por favor entre em contato com: vrblog@hotmail.com

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