Do lugar onde vivo posso contemplar
As várias faces do nascer ao pôr do sol
Poético fenômeno da inquieta terra
Que caminha e dança em torno da luz.
Daqui revejo as manhãs da minha vida
E cada aurora que nasce me remete ao seu ocaso.
As madrugadas vão parindo a sua luz
A irromper por edifícios enfileirados
Construídos à margem de um rio
Que se espreguiça pelas trilhas da cidade.
Na abóbada paisagem de nuvens e de cores
Na abóbada paisagem de nuvens e de cores
A impressionista visão de cada nova aurora.
Imagens num desenho indefinido
O dia passeia criança
Nas ruas ensolaradas...
Ah! O alvorecer do dia em que nasci...
De sombras claro-escuras – e o sol
brincando de esconder entre as nuvens
Que resvalando da noite à madrugada
Em pinceladas de cores e sobras.
O olhar distante consegue entrever
Algum verde espraiado a balançar
No risco desigual de arranha-céus
De branco, com faixas vibrantes
E os casebres entulhados pelo chão. O dia passeia criança
Nas ruas ensolaradas...
Os raios enfeitam seu caminho
E imantam de mistério
As suave manhãs
As suave manhãs
No chão finito da infinito azul.
Ah! O alvorecer do dia em que nasci...
A luz sertaneja - quatro horas da manhã
de uma quarta feira de trevas
Anunciando as vésperas da Ceia,
Em comemoração do Amor! -----------------------------------------------
Poema de: Vanise Rezende - vaniserezende.com.br
Créditos das imagens:
1 - Edson Ribeiro - Cascavel - RS-Brasil - www.canalrural.ruralbr.com.br/fotos
2 - Odair Schiefelbein - Agudo - RS-Brasil - www.canalrural.ruralbr.com.br/fotos
3 - Daniele Caumo - Terra Norte - www.canalrural.ruralbr.com.br/fotos
2 - Odair Schiefelbein - Agudo - RS-Brasil - www.canalrural.ruralbr.com.br/fotos
3 - Daniele Caumo - Terra Norte - www.canalrural.ruralbr.com.br/fotos
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