
É cada vez mais presente, em mim, a percepção de que o tempo urge.
Certa vez tive um sonho – encontrava-me
num grandioso supermercado, com inúmeros departamentos distribuídos em vários
andares: eu precisava fazer minhas compras, mas estava atrasada, e o tempo passava...
Olhava o relógio, o mostrador já indicava o dia seguinte, o tempo esvaía – a sensação
de ser cada vez mais tarde!
Hoje,
assim entendo aquela mensagem: o tempo
perdido é gerado na inércia diante dos sonhos, da preguiça de ir atrás
daquilo que se quer. Muita vez há o desejo que a vida se transforme... Pudera!
Como a vida pode acontecer sem a nossa interveniência, cada um a fazer suas
escolhas, e a decidir como alcançá-las?

Os nossos sonhos exigem a percepção correta da parte que nos cabe para
construir o queremos. Assim, podemos sair em busca de veredas e atalhos que nos conduzam aonde o sonho
nos convoca.
Muitos se perdem porque não aprenderam a exercitar a autonomia, que não dispensa apoio e
colaboração. Autonomia é também saber discernir com quem e com que posso
contar - pois o aprendizado se dá na partilha livre e sincera de apoio, de talentos
e de saberes.
Alguns
pensam que o aprendizado é exclusivo da juventude. Mas, não há idade nem
diploma que nos dê um atestado de
sabedoria: somos eternos aprendizes, embora a garganta do tempo siga devorando
as horas e os dias da nossa vida.
Hoje, versejei assim os meus desejos:
Hoje, versejei assim os meus desejos:
Quero um tempo pra sonhar
Quero um tempo pra pensar
E um bom tempo pra aprender!
Também quero um bem-querer
E a força de renascer
Da dor que a vida me traz
Tempo alegre de viver!
Quero os amigos juntar
E cuidar também de amar
Um tempo só pra servir!
Um tempo também pra mim
Para encontrar o meu ser
E inventar novo tempo
Um bom tempo pra viver!
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