Tenho observado que os leitores deste blog têm acessado, com maior frequência, as informações sobre a desigualdade da distribuição da riqueza no Brasil, publicadas neste espaço, em março de 2017. Reproduzimos, hoje, a atualização feita pelo IBGE, em outubro de 2019 - comparando o período 2012/2018. Dada a extensão e detalhamento das informações do IBGE, nós apenas publicamos, aqui, aquelas que nos pareceram mais ilustrativas.
Aumenta a desigualdade social no país,
revela
pesquisa do IBGE
Estudo divulgado
pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)
revela que a concentração de renda aumentou em 2018, reforçando a extrema desigualdade social
no Brasil.
O rendimento médio mensal de trabalho da população 1% mais
rica foi quase 34 vezes maior que da metade mais pobre em 2018. Isso significa que
a parcela de maior renda teve ganho médio mensal de R$ 27.744, enquanto os 50%
menos favorecidos ganharam R$ 820. Os dados são da Pesquisa Nacional por
Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua). A pesquisa mostra ainda que
esse resultado influenciou o aumento do Índice de Gini, instrumento que
mede o grau de concentração de renda em determinado grupo,
apontando a diferença entre os rendimentos dos mais pobres e dos mais ricos.
Quanto mais perto de 1, maior a concentração de renda em um país. Em 2018, o índice no Brasil chegou a 0,545, o maior desde 2012. Essas e outras informações fazem parte do módulo: Rendimento de Todas as Fontes da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua.
Quanto mais perto de 1, maior a concentração de renda em um país. Em 2018, o índice no Brasil chegou a 0,545, o maior desde 2012. Essas e outras informações fazem parte do módulo: Rendimento de Todas as Fontes da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua.
43,1% da massa de
rendimentos do país
No Brasil, o Índice de Gini do rendimento médio mensal real domiciliar per capita, que varia de zero (igualdade) até um (desigualdade máxima), foi estimado em 0,545 em 2018. Entre 2012 e 2015 houve uma tendência de redução (de 0,540 para 0,524), que foi revertida a partir de 2016, quando o índice aumentou para 0,537, chegando a 0,545 em 2018. Quando calculado para o rendimento médio mensal recebido de todos os trabalhos, o Índice de Gini foi de 0,508 em 2012, caindo até 0,494 em 2015 e voltando a subir até 0,509 em 2018.
Em
2018, o rendimento médio mensal real do 1% da população com maiores rendimentos era de R$
27.744, o que corresponde a 33,8 vezes mais que o rendimento
dos 50% da população com os menores rendimentos (R$ 820). A pesquisa também
mostrou que a massa de rendimento médio
mensal real domiciliar per capita, que era de R$ 264,9 bilhões em 2017, cresceu para
R$ 277,7 bilhões em 2018. Os 10% da população com os menores rendimentos
detinham 0,8% da massa, enquanto os 10% com os maiores rendimentos concentravam
43,1%. A massa de rendimento mensal real de
todos os trabalhos da população
ocupada em 2018, era de aproximadamente R$ 201,3 bilhões, 9,5% acima do valor em 2012.
De 2012 (R$ 1.390) a 2015 (R$ 1.416) o rendimento médio mensal real
proveniente de outras fontes (aposentadorias, pensões, aluguéis, programas de
transferência de renda etc.) acumulou ganho de 1,9%, atingindo o valor médio de
R$ 1.479 em 2018. Regionalmente, o Nordeste (R$ 971) registrou a menor média,
enquanto o Sudeste (R$ 1.839), a maior em 2018. O percentual de domicílios
atendidos pelo Bolsa Família caiu de 15,9% em 2012 para 13,7% em 2018.
BRASIL - Rendimento médio mensal real da
população residente com rendimento, a preços médios de 2018, por Grandes Regiões e segundo o tipo de rendimento –
2012/2018
Abertura
Territorial
|
CATEGORIA
|
1912
|
1913
|
1914
|
1915
|
1016
|
1917
|
1918
|
BRASIL
|
Todos os trabalhos¹
|
1.426
|
1.489
|
1.542
|
1.502
|
1.488
|
1.517
|
1.497
|
Outras fontes
|
906
|
908
|
937
|
965
|
953
|
972
|
971
|
|
Aposentadoria e pensão
|
1.402
|
1.417
|
1.427
|
1.469
|
1.465
|
1.483
|
1.473
|
|
Aluguel e arrendamento
|
1.091
|
1.088
|
1.222
|
1.323
|
1.219
|
1.171
|
1.161
|
|
Pensão alimentícia, doação e mesada de não
morador
|
407
|
403
|
417
|
398
|
400
|
411
|
396
|
|
Outros rendimentos
|
384
|
381
|
401
|
411
|
371
|
390
|
387
|
|
Sudeste
|
Todas as fontes
|
2.414
|
2.470
|
2.557
|
2.476
|
2.506
|
2.457
|
2.563
|
Todos os trabalhos¹
|
2.425
|
2.511
|
2.627
|
2.512
|
2.562
|
2.477
|
2.572
|
|
Outras fontes
|
1.744
|
1.720
|
1.764
|
1.763
|
1.746
|
1.768
|
1.839
|
|
Aposentadoria e pensão
|
1.901
|
1.936
|
2.020
|
1.958
|
1.974
|
1.981
|
2.078
|
|
Aluguel e arrendamento
|
1.980
|
1.800
|
1.913
|
2.038
|
1.822
|
1.909
|
1.848
|
|
Pensão alimentícia, doação e mesada de não
morador
|
720
|
801
|
821
|
843
|
772
|
793
|
777
|
|
Outros rendimentos
|
1.032
|
911
|
780
|
834
|
844
|
834
|
855
|
|
Sul
|
Todas as fontes
|
2.330
|
2.390
|
2.436
|
2.339
|
2.320
|
2.376
|
2.401
|
Todos os trabalhos¹
|
2.347
|
2.427
|
2.496
|
2.381
|
2.371
|
2.404
|
2.428
|
|
Outras fontes
|
1.608
|
1.618
|
1.656
|
1.623
|
1.585
|
1.682
|
1.694
|
|
Aposentadoria e pensão
|
1.772
|
1.815
|
1.880
|
1.794
|
1.770
|
1.844
|
1.862
|
|
Aluguel e arrendamento
|
1.783
|
1.621
|
1.621
|
1.688
|
1.731
|
1.699
|
1.622
|
|
Pensão alimentícia, doação e mesada de não
morador
|
619
|
682
|
673
|
692
|
668
|
700
|
789
|
|
Outros rendimentos
|
823
|
806
|
727
|
816
|
685
|
789
|
741
|
|
Centro-Oeste
|
Todas as fontes
|
2.421
|
2.465
|
2.499
|
2.399
|
2.365
|
2.440
|
2.440
|
Todos os trabalhos¹
|
2.491
|
2.528
|
2.584
|
2.475
|
2.416
|
2.478
|
2.480
|
|
Outras fontes
|
1.539
|
1.567
|
1.576
|
1.554
|
1.628
|
1.668
|
1.650
|
|
Aposentadoria e pensão
|
2.168
|
2.078
|
2.151
|
2.100
|
2.197
|
2.166
|
2.191
|
|
Aluguel e arrendamento
|
1.516
|
1.479
|
1.585
|
1.569
|
1.613
|
1.530
|
1.495
|
|
Pensão alimentícia, doação e mesada de não morador
|
623
|
609
|
568
|
634
|
665
|
669
|
637
|
|
Outros rendimentos
|
620
|
779
|
666
|
645
|
612
|
719
|
643
|
|
1. Rendimento habitualmente recebido pelas pessoas
de 14 anos ou mais de idade
|
Rendimento médio do 1% mais rico da população é 33,8 vezes o rendimento dos 50% mais pobres - Dividindo-se a população em classes percentuais,
conforme o rendimento médio, observou-se que, de 2017 para 2018, os 30% da
população com menores rendimentos registraram variação negativa; já as
classes de rendimento de 30% em diante tiveram ganhos que variavam de 0,1%
(grupo de 30-40%) a 8,4% (1% com rendimentos mais elevados). O rendimento
médio mensal real do 1% da população com maiores rendimentos era de R$ 27.744,
o que corresponde a 33,8 vezes o rendimento dos 50% da população com os menores
rendimentos (R$ 820).
Índice de
Gini do rendimento médio mensal do trabalho chega a 0,509 em 2018 - O índice
de Gini é um indicador que mede distribuição, concentração e desigualdade
econômica e varia de 0 (perfeita igualdade) até 1 (máxima concentração e
desigualdade). Quando calculado para o rendimento médio mensal recebido de
todos os trabalhos, ele foi de 0,509 em 2018. O índice tinha caído entre 2012
(0,508) e 2015 (0,494). As Regiões Sul (0,448) e Centro-Oeste (0,486)
apresentaram os menores índices e, no Nordeste, ele alcançou 0,520. De 2017
para 2018, no Norte, Sudeste e Sul esse indicador subiu, enquanto no Nordeste e
Centro-Oeste houve retração. De 2015 a 2018, a trajetória ascendente do
indicador foi mais acentuada no Norte (de 0,490 para 0,517) e no Sudeste (de
0,483 para 0,508).
Um décimo
da população concentra 43,1% da massa de rendimento médio mensal real
domiciliar per capita - A massa
de rendimento médio mensal real domiciliar per capita, que era
de R$ 264,9 bilhões em 2017, alcançou R$ 277,7 bilhões em 2018. Os 10% da
população com os menores rendimentos detinham 0,8% da massa, enquanto os 10%
com os maiores rendimentos concentravam 43,1%. Além disso, observou-se que
esses 10% com maiores rendimentos detinham uma parcela da massa de rendimento
superior à dos 80% da população com os menores rendimentos (41,2%). Entre as
regiões, o Sudeste apresentou a maior massa de rendimento do país (R$
143,7 bilhões), sendo este valor superior à soma das demais massas de
rendimento regionais. As Regiões Sul (R$ 47,7 bilhões) e Nordeste (R$ 46,1
bilhões) produziram cerca de 1/3, cada, da massa da Região Sudeste. As Regiões
Norte (R$ 15,8 bilhões) e Centro-Oeste (R$ 24,4 bilhões) foram responsáveis
pelo equivalente a 11,0% e 17,0%, respectivamente, da Região Sudeste.
O rendimento médio mensal real domiciliar per
capita foi de R$ 1.337,
em 2018 e R$ 1.285, em 2017. As Regiões Norte e Nordeste apresentaram os
menores valores (R$ 886 e R$ 815), e a Região Sudeste, o maior (R$ 1.639). Em
2018, o índice de Gini do rendimento médio mensal real domiciliar per
capita para o Brasil foi estimado em 0,545. Entre 2012 e 2015 houve
uma tendência de redução do índice de Gini do rendimento domiciliar per
capita (de 0,540 para 0,524), que foi revertida a partir de 2016,
quando o Gini aumentou para 0,537, chegando a 0,545 em 2018. Nas Regiões
Sudeste, Nordeste e Sul, as mais populosas do país, esses índices foram de
0,533, 0,545 e 0,473, respectivamente. Entre 2017 e 2018, as Regiões Nordeste e
Centro-Oeste apresentaram redução da desigualdade medida pelo índice de Gini,
enquanto as demais regiões apresentaram indicadores maiores que no ano
anterior.
Entre as Grandes Regiões, houve diferenças
importantes na composição do rendimento domiciliar per capita,
destacando-se a participação do rendimento de todos os trabalhos, que variou de
66,5%, na Região Nordeste, a 77,3%, na Região Centro-Oeste. O rendimento proveniente de aposentadoria ou pensão também
apresentou diferenças regionais importantes: na Região Norte, a participação
foi de 17,0%, vis-à-vis a participação de 24,5% registrada na Região Nordeste;
nas demais, essa participação variou entre 16,6%, na Região Centro-Oeste, e
21,2%, na Região Sul.
Rendimento
médio real de todas as fontes em 2018 volta a patamar abaixo de 2014 - De
2012 (R$ 2.072) a 2014 (R$ 2.177), o rendimento médio real de todas as fontes
teve crescimento de cerca de 5,1%. A estimativa sofreu queda de 3,1% em 2015,
passando a ser de R$ 2.110. Em 2016 e 2017, o comportamento foi de relativa
estabilidade e, em 2018, registrou crescimento de 2,8%, com valor de R$ 2.166. Entre
as Grandes Regiões, o rendimento
médio mensal real de todas as fontes apresentou variações: o Sudeste registrou
o maior valor (R$ 2.563), seguida pelo Centro-Oeste (R$ 2.440) e Sul (R$
2.401), enquanto o menor foi verificado no Nordeste (R$ 1.412). De 2017 para
2018, o Nordeste foi a única região a ter
variação negativa do rendimento e o Norte teve a maior expansão
(7,8%). Frente a 2012, enquanto o rendimento médio de todas as fontes teve
aumento de 4,5% no país, no Sudeste o avanço foi de 6,2%.
Rendimento
de trabalho cresce 4,7% em relação a 2012, mas abaixo do patamar de 2014 - O
rendimento médio mensal real de todos os trabalhos (calculado para as pessoas
de 14 anos ou mais de idade, ocupadas na semana de referência) chegou a R$
2.279 em 2014, caindo 4,1% em 2015 e mantendo-se quase estável nos dois anos
seguintes, até chegar a R$ 2.234 em 2018. Em relação a 2012, quando a
estimativa era de R$ 2.133, o rendimento de todos trabalhos de 2018 representou
crescimento real de 4,7%. Entre as Grandes
Regiões, o Nordeste (R$ 1.497) e Norte (R$ 1.735) registraram
os menores valores para o rendimento habitual do trabalho, enquanto os
maiores ficaram com Sudeste (R$ 2.572), Centro-Oeste (R$ 2.480) e Sul (R$
2.428).
Em relação a 2017, o Nordeste apresentou variação de -1,3%, enquanto as demais regiões tiveram crescimento, com destaque para Norte (5,6%) e Sudeste (3,8%). Na comparação com 2012, Norte e Centro-Oeste não apresentaram crescimento da estimativa; enquanto Nordeste (5,0%) e Sudeste (6,1%) tiveram aumento acima na média nacional (4,7%).
Em relação a 2017, o Nordeste apresentou variação de -1,3%, enquanto as demais regiões tiveram crescimento, com destaque para Norte (5,6%) e Sudeste (3,8%). Na comparação com 2012, Norte e Centro-Oeste não apresentaram crescimento da estimativa; enquanto Nordeste (5,0%) e Sudeste (6,1%) tiveram aumento acima na média nacional (4,7%).
Rendimento de outras fontes no Sudeste é quase o dobro do no Nordeste
De 2012 (R$ 1.390) a
2015 (R$ 1.416) o rendimento médio mensal real proveniente de outras fontes
acumulou ganho de 1,9%. Em 2016 (R$ 1.400) registrou perda de 1,1%, que foi
revertida nos dois anos seguintes - com expansão de 2,4% e 3,2%,
respectivamente -, atingindo valor médio de R$ 1.479 em 2018. Regionalmente, o
Nordeste (R$ 971) registrou a menor média, enquanto o Sudeste (R$ 1.839), a
maior em 2018. No Brasil, em
2018, dentre todas as categorias que compõem o rendimento proveniente de outras
fontes, o item aposentadoria ou pensão foi o que
alcançou maior média (R$ 1.872), destacando-se
o Centro-Oeste com o maior valor (R$ 2.191) e o Nordeste, com o menor (R$
1.473). O crescimento dessa categoria de rendimento entre 2017 e 2018 foi de
3,3% e de 7,3% em relação a 2012.
Os rendimentos provenientes de aluguel e arrendamento tiveram valor médio de R$ 1.629 e apresentaram
queda frente a 2017 (1,3%) e frente a 2012 (4,5%). A pensão alimentícia, doação
ou mesada de não morador totalizavam, em média, R$ 635, com expansão em relação
a 2017 (1,1%) e no confronto com 2012 (9,1%). Por fim, as pessoas que
declararam possuir outros rendimentos, além dos já citados, recebiam R$ 582, em
média. Essa estimativa apresentou expansão em 2018 (0,7%), contudo, teve queda
de 10,7% frente a 2012. O valor dos outros rendimentos foi maior na Região
Sudeste (R$ 855) e menor na Região Nordeste (R$ 387).
De 2012 a
2018, participação da aposentadoria ou pensão cresce e de outros rendimentos
cai - Dentre os componentes dos rendimentos de outras
fontes, o predomínio foi da categoria aposentadoria ou pensão, que teve
frequência de 14,6% na população residente com rendimento. Nas demais
categorias, os percentuais foram de 7,7% (na categoria “outros rendimentos”,
que inclui seguro-desemprego, programas de transferência de renda do governo,
rendimentos de poupança etc.); 2,5% (pensão alimentícia, doação ou mesada de
não morador) e 2,1% (aluguel e arrendamento). De 2012 a 2018, observou-se crescimento
das estimativas de aposentadoria e pensão e redução nas de outros rendimentos.
Norte e
Nordeste têm maiores percentuais de pessoas com rendimentos de outras fontes - Entre
as Grandes Regiões, os percentuais de pessoas que recebiam outros rendimentos
(seguro-desemprego, programas de transferência de renda do governo, rendimentos
de poupança etc.) se destacavam no Norte (10,2%) e Nordeste (12,2%), acima da
média nacional (7,7%). O crescimento do percentual de pessoas com rendimento de aposentadoria e pensão foi
observado em todas as Grandes Regiões do país desde 2012. De 2017 para 2018,
destacou-se a expansão de 0,9 ponto percentual na proporção de pessoas com esse
tipo de rendimento no Sudeste. Frente a 2012, a Região Sul teve o maior crescimento
(2,3 pontos percentuais) dessa estimativa, passando de 16,0% para 18,3% em seis
anos. O avanço desse indicador no Sul pode estar relacionado ao perfil etário
da região, que conta com a população mais envelhecida do Brasil.
Rendimento médio mensal
real da população residente, a preços médios de 2018, por Grandes Regiões, segundo
o tipo de rendimento – 2012-2018
Pessoas
com ensino superior completo ganham o triplo daquelas com nível médio. As pessoas que não possuíam instrução apresentaram o menor
rendimento médio (R$ 856). Por
outro lado, o rendimento das pessoas com ensino fundamental completo ou
equivalente foi 67,8% maior, chegando a R$ 1.436. Aqueles que tinham ensino
superior completo registraram rendimento médio aproximadamente três vezes maior
que o daqueles que tinham somente o ensino médio completo e cerca de seis vezes
o daqueles sem instrução.
Massa de
rendimento mensal real do trabalho sobe 9,5% entre 2012 e 2018 - A
massa de rendimento mensal real de todos os trabalhos da população ocupada era
em 2018, de aproximadamente R$ 201,3 bilhões, 9,5% acima do valor registrado em
2012. Esta teve movimento de expansão entre 2012 e 2014, com posterior queda
entre 2015 e 2017 e recuperação de 3,9% em 2018.
Proporção
de domicílios com Bolsa Família caiu de 15,9% em 2012 para 13,7% em 2018 - No
Brasil, 13,7% dos domicílios particulares permanentes recebiam, em 2018,
dinheiro referente ao Programa Bolsa Família.
Esta proporção foi de 15,9% em 2012. Nas Regiões Norte e Nordeste, 25,4% e
28,2% dos domicílios recebiam este benefício, em 2018. O rendimento médio mensal real domiciliar per capita nos domicílios que
recebiam o Bolsa Família foi de R$ 341 e naqueles que não recebiam
foi de R$ 1 565. Para os domicílios que recebiam o BPC o rendimento médio
domiciliar per capita foi de R$ 698 e para os que não
recebiam, R$ 1.363.
O acesso a serviços básicos nos domicílios que recebiam algum
programa também era diferente daqueles que não recebiam. Entre
aqueles com o Bolsa família, 71,7% tinham abastecimento de água de rede geral;
37,6% tinham esgotamento sanitário com rede geral ou fossa séptica ligada a
rede geral; 75,7% tinham coleta de lixo. Os valores para os domicílios que não
recebiam Bolsa Família eram todos maiores, em particular o que se refere ao
acesso a esgotamento sanitário (70,9%).
O mesmo
comportamento foi verificado em relação à posse
de bens. Entre os domicílios que recebiam o Bolsa Família,
95,3% possuíam geladeira; 30,2% máquina de lavar; 95,2% televisão e 13,3%
microcomputador. Entre os que não recebiam do Bolsa Família, os percentuais
foram: 98,5% possuíam geladeira; 70,6% máquina de lavar; 96,7% televisão e
47,4% microcomputador. A proporção de domicílios que recebiam BPC com acesso a abastecimento de água (80,8%), esgotamento
sanitário (53,0%) e coleta de lixo (86,3%) foi menor que entre os domicílios não
beneficiários em 2018 (86,0%, 66,8% e 91,3%, respectivamente). Quanto à posse
de bens, as diferenças ocorreram sobretudo na posse de máquina de lavar roupa
(44,0% frente a 65,8%) e microcomputador (18,7% frente a 43,6%).
-------------------------------------------------------------
Para mais detalhes de dados acesse:
https://agenciadenoticias.ibge.gov.br/agencia-sala-de-imprensa/2013-agencia-de-noticias/releases/25700-pnad-continua-2018-10-da-populacao-concentram-43-1-da-massa-de-rendimentos-do-pais - Postado em outubro de 2019.
Créditos das Imagens:
1. Foto de: Camille
Perissé/Agência IBGE Notícias
Nota - As imagens publicadas neste blog pertencem aos seus autores. Se alguém possui os direitos de uma delas e deseja retirá-la, por favor envie seu comentário nesta postagem.
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