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Barroso admite que TSE teve pouco tempo para analisar processo de Lula
Defesa argumenta pela decisão da ONU: “Seria irônico, para não dizer
trágico, que fosse o poder Judiciário a parte do Estado que viesse a desdizer
aquilo que o próprio Estado reconhece”.
Por: Redação RBA, publicado em 31/08/2018
São Paulo –
Ao iniciar seu voto sobre a elegibilidade do ex-presidente Luiz Inácio Lula da
Silva no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o ministro Luís Roberto Barroso
disse que seu interesse é defender a Constituição e a democracia. “A melhor
alternativa para o bem do Brasil é que a Justiça esclareça o quadro eleitoral
definitivo dos candidatos à presidência antes do começo do horário eleitoral”,
explicou.
Relator do
caso, Barroso abriu a leitura do relatório reconhecendo que o TSE teve pouco
tempo para apreciar o caso. “Estou sendo tão analítico quanto possível até
mesmo pelo pouco tempo que os colegas tiveram para apreciar a matéria”, disse.
Antes do
início do julgamento, a defesa de Lula questionou a pauta, argumentando que o
processo não poderia ser julgado sem a sua necessária manifestação e pediu que
fosse cumprido rito com prazo para alegações finais das partes, de 48
horas. O ministro Barroso abriu seu relatório afirmando que adotou o mesmo
critério para todos os casos chegados ao tribunal durante o processo
eleitoral.
Participante
da defesa de Lula, a advogada Maria Cláudia Bucchianeri destacou em sua
sustentação oral que o Brasil é signatário do Pacto Internacional de Direitos
Civis e Políticos, do Comitê de Direitos Humanos das Nações Unidas. “Seria
irônico, para não dizer trágico, que fosse o poder Judiciário a parte do estado
aquele que viesse a desdizer aquilo que o próprio Estado reconhece”, disse.
“Para que serve esse protocolo (do comitê da ONU)?”
Outro
advogado da defesa, Luiz Fernando Casagrande Pereira lembrou que, nas eleições
de 2016, 145 prefeitos elegeram-se com registros de candidaturas indeferidos, e
depois reverteram o revés na Justiça Eleitoral. “Muitos (eram) condenados em
segunda instância, e tiveram o direito preservado. Todos estão a exercer ou
exerceram o mandato. É esse direito que querem tirar do presidente Lula.”
Para a
Procuradora-Geral da República, Raquel Dodge, o pacto da ONU não garante a
elegibilidade. Ela citou jurisprudência do STF, segundo a qual a convenção
internacional deve ser aprovada no Congresso, ratificada pelo chefe de Estado e
promulgada pelo presidente da República. Sem promulgação, a norma não vigora,
disse. Segundo os advogados dos que representaram contra Lula, o ex-presidente
não promulgou o acordo.
“A
Constituição não exige o decreto presidencial para internalizar os mandamentos
das normas da ONU”, rebateu a defesa de Lula, por meio de Maria Cláudia.
Fernando Haddad
Antes do
julgamento sobre o registro de Lula, em menos de cinco minutos de
julgamento os sete ministros do TSE aprovaram a coligação O Povo Feliz de Novo (PT/PCdoB/Pros) e o nome de Fernando Haddad, na condição de vice-presidente da República, como aptos a participar da eleição de 2018.
julgamento os sete ministros do TSE aprovaram a coligação O Povo Feliz de Novo (PT/PCdoB/Pros) e o nome de Fernando Haddad, na condição de vice-presidente da República, como aptos a participar da eleição de 2018.
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Postado em 31/08/2018
A campanha Lula Presidente
divulgou na sexta-feira (31/08) seu primeiro programa de TV.
No vídeo, um pescador lembra as
conquistas que obteve nos governos do ex-presidente.
“Seu Toinho” afirma que Lula deu
chance para o povo pobre e zangou os ricos. Para o pescador Lula precisa voltar
para administrar o Brasil.
O ex-presidente participa do
programa e conclama os brasileiros a se unirem para reconstruir o
Brasil.
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Assista a íntegra do programa de TV da campanha de
Lula à presidência da República no endereço abaixo:
http://www.vermelho.org.br/noticia/314609-1
Crédito das Imagens:
1. O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, candidato do PT à Presidência, neste ano,
Foto: Aloisio Mauricio/Fotoarena/Estadão Conteúdo.
2. Fernando Haddad - candidato a vice-presidente - PT.jpg
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