O amor na velhice é um daqueles temas que, aparentemente, tem a aceitação de grande parte das pessoas que prezam a liberdade e o direito que cada um tem, ao longo da vida, de viver suas emoções de amar e ser amado. É um tema semelhante àquele da homossexualidade, do lesbianismo e da diversidade racial e social.
A maioria consegue acompanhar com interesse, curiosidade e emoção roteiros de novelas e filmes focalizados nessas temáticas. Mas, se alguém da família ou de seu conhecimento próximo for "atingido" por situações semelhantes, torna-se bem mais difícil lidar com o fato. Quase sempre por medo ou vergonha da proximidade com tais aspectos da realidade da vida que demandam abertura de visão e respeito efetivo à diversidade.
Tais pessoas não têm ideia de quanto vão se empobrecendo com o seu isolamento carregado de preconceitos, que as leva a abdicar da contemplação de cada pessoa em sua singularidade, feito um dom diverso de si em seu significado profundo de troca e de aprendizado. Elas insistem em pensar as relações como fossem um trem numa linha reta sem curvas nem troca de vagões, pois se apegam ao que lhes parece a "normalidade", a linha reta da vida, a única trilha a ser explorada.
É o que pode acontecer com a sensação do amor na velhice. Há quem desista de interessar-se por uma relação amorosa quando ultrapassa os cinquenta sessenta anos, as mulheres especialmente, como se fosse possível descartar um sentimento que se instala e vige em qualquer idade, em todas as texturas e cores de pele e classes sociais, gente mais ou menos escolarizada, profissionais liberais e trabalhadores de toda ordem.
O afeto conhece o endereço do coração e do bem-estar da pessoa amada. E não faz diferença entre moços e velhos, pois nos dois casos basta-lhes a capacidade do bem-querer, do altruísmo e da escuta.
Recordo uns rabiscos escritos quiçá quando nem por que - versos que hoje me acodem para falar do que agora quero dizer:
Uma sensação doída de perda
Ou de espanto?
Sinto saudades do desconhecido
Ardor do ainda não experimentado
Lembrança do passado - incerteza
Do amor que ainda não foi dado
Anseio de ternura e de beleza.
Uma sensação doída
do parto para a vida!
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Créditos das Imagens: www.canstockphoto.com.br
Nota: As imagens publicadas neste blog - aqui creditadas - pertencem aos seus autores (inclusive aquelas dos arquivos do próprio blog). Se alguém possui os direitos de uma dessas imagans e deseja que e deseja removida deste espaço, por favor entre em contato com: vrblog@hotmail.com
É o que pode acontecer com a sensação do amor na velhice. Há quem desista de interessar-se por uma relação amorosa quando ultrapassa os cinquenta sessenta anos, as mulheres especialmente, como se fosse possível descartar um sentimento que se instala e vige em qualquer idade, em todas as texturas e cores de pele e classes sociais, gente mais ou menos escolarizada, profissionais liberais e trabalhadores de toda ordem.
O afeto conhece o endereço do coração e do bem-estar da pessoa amada. E não faz diferença entre moços e velhos, pois nos dois casos basta-lhes a capacidade do bem-querer, do altruísmo e da escuta.
Recordo uns rabiscos escritos quiçá quando nem por que - versos que hoje me acodem para falar do que agora quero dizer:
Uma sensação doída de perda
Ou de espanto?
Sinto saudades do desconhecido
Ardor do ainda não experimentado
Lembrança do passado - incerteza
Do amor que ainda não foi dado
Anseio de ternura e de beleza.
Uma sensação doída
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