“Por trás de cada vacina Covid existe uma grande mulher”, afirma-se, numa reportagem sobre a efetiva participação de grandes cientistas mulheres que estão por trás das vacinas contra o Covid-19.
Sarah Gilbert, diretora do grupo de Oxford, convenceu seus trigêmeos a participar do experimento no verão. Algum crédito, se pararmos o Covid, também vai para seu marido, que quando jovem abandonou sua carreira de cientista para permitir que ela seguisse em frente. E Sara Gilbert realmente foi em frente, estudando vetores virais por décadas para combater - entre outras coisas - a MERS: o coronavírus do Oriente Médio a partir do qual a Oxford partiu para desenvolver tão rapidamente a vacina usada hoje contra o Covid.
Sarah Gilbert, diretora do grupo de Oxford (Foto: Reppublica)
Outra mulher dirige a ReiThera, a empresa de Castel Romano que produz a vacina italiana. Mas Antonella Folgori, bióloga e pesquisadora, com estudos em Roma e Estrasburgo, não está sozinha. Apenas 30% dos cerca de cem cientistas que trabalham nos laboratórios da ReiThera são homens. “Devo muito ao meu marido e aos meus dois filhos, que entenderam as minhas muitas ausências, me apoiaram nos momentos felizes e principalmente nas dificuldades e me ajudaram nas minhas escolhas”, ela afirmou, ao final da primeira fase de testes.
Completando a informação acima, a Economyup.it informa que a empresa de Antonella Folgori – diretora da Reithera – fornecerá à Itália as vacinas anti-Covid produzidas pela sociedade de Castel Romano. Ela e, naturalmente, toda a sua equipe. Sobre esta missão, ela comenta: “Guiar a produção e a distribuição da primeira vacina italiana contra o SARS-COV2 é um desafio complexo, que pode ser vencido, mas requer o envolvimento de nossas competências para enfrentar cada fase com o máximo rigor e a máxima eficiência” - disse Folgori. (*)
A vacina BioNTech - disponibilizada na Italia dez meses depois do aparecimento do coronavírus - é também porque Katalin Karikò há trinta ainda anos não desistiu de seu trabalho, apesar dos golpes. Nascida em uma impronunciável cidade húngara - Kisújszállás – com bolsa de estudo na Universidade de Szegen - ela saiu da Hungria para os EUA em 1985, com seu marido, uma filha de dois anos (agora campeã olímpica de remo pela Equipe norte-americana) e mil dólares costurados na barriga do ursinho, resultado da venda do carro da família no mercado negro.
Katilin Karicò - vice-diretora da BioNTech (Foto: Reppublica).
Embora do sonho americano Karikò tenha recebido apenas amargos despertares. Ninguém jamais acreditou em seus estudos sobre o RNA e possíveis aplicações no campo das vacinas. Sem vaga na Penn University, e coincidindo com um diagnóstico de câncer em 1995, só em 2013 conseguiu levar suas patentes para a empresa alemã BioNTech, da qual atualmente é vice-diretora (depois de ter recebido uma oferta trabalho da Moderna). Cada frasco da vacina injetado hoje, tem atrás de si a história pessoal, os fracassos e também a capacidade de dezenas de pesquisadores que se superaram.
“Normalmente, nesse ponto, as pessoas simplesmente se despedem e vão embora, porque é horrível”, disse Karikò à revista americana Stat, sobre seu annus horribilis de 1995. “Eu pensei que não era capaz, que não era inteligente. Pensei em ir a outro lugar fazer outra coisa". Hoje seu nome foi sugerido para o Prêmio Nobel.
Kathrin Jansen, diretora de pesquisa e desenvolvimento de vacinas da Pfizer (Foto: Reppublica)
Do outro lado do Atlântico, Kathrin Jansen trabalha na multinacional Pfizer, parceira da BioNTech – é a mulher que a Nature incluiu entre os dez cientistas de 2020: diretora de pesquisa e desenvolvimento de vacinas da empresa, e criadora da vacina contra papilomavírus. Conectada em smartworking em seu apartamento em Manhattan – e contando com 650 membros de sua equipe – ela coordenou em tempo recorde os testes da vacina de RNA desenvolvida pela BioNTech, de abril a novembro de 2020.
Nita Patel, diretora de desenvolvimento da vacina da Science (Foto: Reppublica)
General chinesa Chen Wei recebe a vacina (Foto: Reppublica)
Entre as mulheres de ferro na luta contra o coronavírus está Chen Wei, general do Exército Vermelho Chinês, uma heroína nacional por seu trabalho na vacina contra o Ebola. Já em 29 de fevereiro de 2020 - um mês e meio após o sequenciamento do vírus - a vemos com a manga do uniforme arregaçada para receber a primeira injeção de uma vacina produzida em parceria com a farmacêutica CanSino. Definí-la como experimental seria um eufemismo. Hoje é um dos pilares da luta da China contra o Covid.
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Fontes da informação:
http://www.ihu.unisinos.br/606185-as-grandes-mulheres-por-tras-das-vacinas-contra-o-covid
Crédito das imagens :
1. Foto título: Vacinação no Estado do Amazonas - Brasil:
https://noticias.uol.com.br/album/2021/01/18/vacinacao-brasil.htm?mode=list&foto=21:
2. Foto da cientista e empresária Antonella Folgori - reprodução imagem publicada em:
3. As demais fotos são da publicação do título, aqui reproduzida.
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