Hoje quero cantar um canto único, feito um sopro que se distancia no ocaso... E a solidão que se torna companheira.
Um sopro suave, que brota da simplicidade das coisas, enquanto a dor emerge oceânica... E o amor se diz ‘carícia essencial’... E os desejos cabem na tangência do momento.
Um canto único, para pensar no já vivido e no que há de vir... E cantar a morte como expressão última do ser.
O QUE HÁ DE VIR (*)
Quando vieres sentirás meu canto!
E as águas do rio que eu amei
Acolherão as cinzas liquefeitas...
Mais viva e presente estarei
Quando chegares, e sem lamentos,
Quando chegares, e sem lamentos,
Mais do que ontem no furor dos ventos.
Quando vieres te darei a mão
Serena feito um rio a passar
Tal que a nova ilusão de um sonho...
E tu mais vera que os meus temores
Mais luz encontrarei ao te encontrar
Mais presente serás que os meus amores.
Quando
vieres estarei feliz
Como
feliz me procurei na vida
O meu sofrer a reverter-se em força...
A
memória do belo repartida
Vislumbre indecifrável de uma vida.
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(*) Poema de: Vanise Rezende - www.vaniserezende.com.br
Crédito das Imagens:
1. Inútil a Chuva - Abstracionismo - Wagner Corrêa de Araújo www.escriturascênicas.com.br/2015/12
2. Lavadeiras - yyymagescaa4nhqx.jpg
3. Les musiciennes - de Paul Alexandre Leroy - o.s.t. 81x65cm
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