
Hoje acordei com o coração preenchido de um pleno sentimento de gratidão. E de uma certeza inteira, que essa profunda e viva realidade a me acudir em momentos de inquietudes, incertezas e pequenez diante da vida é a Presença do Inefável – a divina e indizível gratuidade do Amor.
Mas... Como explicar essa "presença inominável"?
Uma percepção confortante desde os tempos de criança...

Não. Não estou
esquecida dos tempos de chuvas fortes e das trovoadas nas noites tenebrosas que a
vida me impôs – as invejas rasantes em certos ambientes do trabalho, o
desconforto vivido na relação amorosa, momentos de tristeza profunda... Como esquecê-los?
Mas, hoje é dia
de dizer-te a Gratidão! De dizer-Te que percebo a gratuidade de tantos dons, e da saúde, e de tantas alegrias serenas! Em especial quando contemplo o meu
neto que vem crescendo em alegria e graça! Isso. A gratuidade do Amor.
E me pergunto
agora: – De que modo responder a tantos dons da vida, desde a contemplação do amanhecer e do anoitecer – a cada dia com um matiz luminoso, um brilho diferente – observando daqui da minha varanda. E poder eu mesma preparar o meu café, pela manhã, deixar em ordem a minha cama, controlar os meus próprios medicamentos... E gostar tanto de escrever essas páginas
que saem farfalhando dos meus tantos pensares?!


ELE segue também pelas estradas, naquele carro que está me atrapalhando, por trás da mesa do meu colega de trabalho, no amigo que vou visitar, nas crianças que põem desordem em minha sala, nas pessoas que me atendem como "empregados domésticos"... Simples assim: em cada pessoa que encontro ELE está esperando a minha escuta, o meu cuidado, o meu apoio.
E quando duas ou mais pessoas entram num acordo de exercitar essa "carícia essencial" do amor fraterno, ELE está por perto. Não de um jeito sentimental, ou com orações especiais. Ele se achega entre nós, quando começamos, efetivamente, a mudar a nossa mentalidade quiçá mesquinha, quiçá individualista ou acomodada. Aí sim, a presença d´Ele é experimentada. E o peso da vida se torna leve e suave!
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Créditos imagens:
1. Impression Solei-Levant - Claude Monet - reprodução
Imagens 2,3,4 - www.canstockphoto.com.br
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