Vanise Rezende - clique para ver seu perfil

LITERATURA - HINO À LIBERDADE - JOSÉ DURÁN Y DURÁN

30 agosto, 2019


Há poucos dias recebi de uma especial amigo e irmão, o empresário, professor, pintor e escritor espanhol JOSÉ DURÁN Y DURÁNradicado em Palmares/PE deste 1977 - um poema denso e profundo intitulado HINO À LIBERDADE.

Inspirado na atual conjuntura mundial, que vem se distanciando mais e mais da prática e dos valores da Justiça Social e do cuidado pela Mãe Terra, sua poesia não nos deixa esquecer a longa e dolorosa experiência da ditadura militar, iniciada nos anos ´60, aqui e em outros países da América Latina. O autor nos lembra os valores que fundamentam a nossa luta por justiça social, ética, equidade e paz, agora que o país encontra-se empoeirado de vergonha diante do mundo, deixando o seu povo triste e cabisbaixo de inquietações, por ver-se saqueado das conquistas sociais e trabalhistas que havíamos conquistado há anos atrás. 

Durán nos fala de uma Liberdade que devemos almejar, com a tenacidade da nossa luta cotidiana, a fim de enfrentarmos esse momento difícil (que, esperamos, seja passageiro), anulando o terrorismo fundamentalista, rompendo as correntes da nova escravidão, quebrando preconceitos, desviando-nos da ignorância a que nos querem relegar, para voarmos livres no fraterno abraço da liberdade.

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HINO À LIBERDADE

             * José Durán y Durán


Oh! deusa aclamada e reverenciada,
Pelas mentes ilustradas,
Pelos amantes da verdade,
Pelos que na igualdade acreditam,
E constroem a fraternidade.
Para ti fomos criados,
Por ti somos cuidados,
Em ti vivemos e somos realizados.


Oh! deusa das civilizações mais antigas,
Essência da criatura humana,
Vital estado espiritual de toda cultura.
Quando te afastas da nossa vida,
Escurece nossa existência,
Quando de ti nos roubam,
Murcham nossas esperanças,
Quando de ti abusamos
Em escravos nos transformamos.



Oh! deusa mãe que libertas,
Respeitada pelas mentes abertas,
Clarão de luz, matriz das nações,
Impulso vital estendido no universo,
Genitora do amor reverente dos corações.
Teu pranto é pela espada de dor das ditaduras,
Pelos espinhos que rasgam e ensanguentam teu corpo,
Pela economia que te sequestra,
Pela ignorância que te deixa relegada a ideologia,
Pelo terrorismo fundamentalista,
Que te amordaça, te confina e te deixa indefesa.


Oh! Força e inspiração dos libertadores,
Que romperam as correntes da escravidão,
Que fustigaram demônios e espíritos maus,
 Que quebraram preconceitos e voaram livres,
Que uniram os povos no abraço da liberdade.


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* Poema gentilmente cedido pelo autor, para ser publicado neste blog.

Crédito das Imagens:

1. José Durán - foto tirada durante palestra do autor em Aparecida.
2. A Liberdade conduzido o povo - Delacroix - Museu do Louvre - fotografia.


Nota: As imagens aqui postadas pertencem aos respectivos autores. Se algum deles não estiver de acordo com a sua reprodução neste espaço, por favor comunique-se conosco, fazendo um comentário nesta postagem. 


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