Foi-me enviada a foto de uma página de caderno, com a impressão de um texto poema do escritor argentino Jorge Luís Borges (1899/1986). O seu canto poético sobre o tempo presente é de tal beleza, que não resisti a fazer uma versão livre em português, para repartir com os meus leitores essa pérola literária.
A UM
CERTO TEMPO...
Depois
de um certo tempo,
aprende-se a sutil diferença
entre sustentar uma mão
e encadear uma alma...
aprende-se a sutil diferença
entre sustentar uma mão
e encadear uma alma...
E se
aprende que o amor
não significa deitar-se,
e uma companhia não significa segurança.
não significa deitar-se,
e uma companhia não significa segurança.
E se começa a aprender
que os beijos não são contratos
e os presentes não são promessas.
E se começa a aceitar as derrotas
de cabeça erguida e de olhos abertos.
que os beijos não são contratos
e os presentes não são promessas.
E se começa a aceitar as derrotas
de cabeça erguida e de olhos abertos.
E se
aprende a construir
todos os próprios caminhos no agora,
porque o terreno do amanhã
é demasiado inseguro para planos...
E os futuros têm uma forma de desabar pela metade.
todos os próprios caminhos no agora,
porque o terreno do amanhã
é demasiado inseguro para planos...
E os futuros têm uma forma de desabar pela metade.
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Créditos da imagem: foto divulgação
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