GRANDE SERTÃO:VEREDAS
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O mais importante e bonito, do mundo, é isto: que as pessoas não estão sempre iguais,
ainda não foram terminadas
– mas que elas vão sempre mudando
Afinam ou desafinam. Verdade maior.
É o que a vida me ensinou. Isso que me alegra montão". (i)
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Será que conseguimos pensar assim, quando observamos as contínuas mudanças das pessoas mais próximas: amigos e
amigas, namorados e namoradas, maridos e esposas, filhos e filhas, genros e
noras?
Há sempre o que se aprender sobre as relações humanas, para que as mudanças observadas nas pessoas tragam alegria de montão à nossa vida.
Há sempre o que se aprender sobre as relações humanas, para que as mudanças observadas nas pessoas tragam alegria de montão à nossa vida.
Entremos num acordo de que a nós não cabe
discernir que as mudanças das pessoas com quem convivemos devam ser tais ou quais, assim
como concebemos nós do nosso lugar no mudo.
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A grande intuição de Guimarães Rosa é que as pessoas não estão sempre iguais, pois ainda não foram terminadas – e que elas estão sempre mudando.
Ele demonstra acreditar essas mudanças são para o melhor que cada um de nós está continuamente a estabelecer para si ou para o outro, e sabe muito bem o quanto o outro é diferente de si.
No entanto, é comum alguém se encontrar a comentar com os amigos sobre a surpreendente visão que tem das mudanças que vê acontecer naqueles com quem convive: – Ele não podia ter feito isso...; – Ela não tinha que fazer assim...; – Eu pensava que eles...
Quanto nos falta de desconfiômetro!
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Todos sabemos que, ao final, cada um se expressa, na convivência, com o seu jeito próprio de ser. E, quando não se sente seguro de fazê-lo, é porque não encontra espaços de compreensão e liberdade para ser o que é.
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Sem esquecer que as pessoas ”...estão sempre mudando.
Afinam ou desafinam. Verdade maior.
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Acolher as
nossas recíprocas diferenças é o caminho maior, - certas vezes muito exigente -
mas carregado de possibilidades de boa convivência. O importante é decidir
começar primeiro. Ser o primeiro a dar o passo necessário para o recomeço.
Como fazer, então? “...Precisa ter ânimo, energia e paciência forte”.
Mas, tomada a decisão, o escritor sugere que se deve “dar
tudo a Deus, que de repente vem com novas coisas mais altas, e paga e repaga,
os juros dele não obedecem medida nenhuma”.
E conclui:
“ É
o que a vida me ensinou.
Isso que me alegra montão".
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(i) Citações retiradas do romance Grande Sertão: Veredas,
João Guimarães Rosa – Ed. Nova Fronteira. Biblioteca do Estudante.
Rio de Janeiro, 2006.p.23/1
Crédito Imagens : www.canstockphoto.com.br
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